Ao menos 24 partidos políticos sudaneses anunciaram seu repúdio à normalização dos laços com a ocupação sionista e a revogação das leis de boicote contra Israel, promulgada em 1958, conforme consenso árabe na época.
O governo do Sudão decidiu abolir a legislação como parte das tentativas de se reaproximar de Tel Aviv nos últimos meses.
A lei de boicote proibia cidadãos sudaneses de aderir a acordos com cidadãos ou empresas israelenses, além de banir o comércio com o estado sionista e a importação de bens parcial ou inteiramente fabricados em Israel, sob pena de dez anos de prisão e multa.
No último ano, o Sudão assinou os chamados Acordos de Abraão, promovidos pelo governo dos Estados Unidos do ex-presidente Donald Trump, a fim de normalizar relações entre Israel e alguns países da região, como Emirados Árabes Unidos e Bahrein.
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A nova medida do governo sudanês ocorre meses após um encontro entre Abdel Fattah al-Burhan, presidente do Conselho Soberano do Sudão, e o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu, em Kampala, capital de Uganda.
Após a normalização de laços entre os países, Washington removeu o Sudão de sua lista de estados patrocinadores do terrorismo, à qual foi inserido em 1993.