A Rede Árabe para Informações sobre Direitos Humanos (ANHRI) alertou ontem para o rápido aumento no número de prisões no Egito, desde a Revolução de 25 de janeiro de 2011.
A rede disse em um relatório que o número de prisões no Egito chegou a 78, quase metade delas – 35 prisões – foram decretadas após 2011 sob o governo do líder golpista e presidente, Abdel Fattah Al-Sisi.
O relatório observou que as prisões são conhecidas por suas frequentes violações dos direitos dos prisioneiros e pelas difíceis condições de detenção.
De acordo com o relatório, os presos sofrem com a superlotação, maus-tratos e privação dos direitos mais básicos.
Apesar da falta de transparência das autoridades egípcias sobre o número de detidos, estima-se que o Egito mantenha cerca de 120.000 presos.
O Diretor da rede, Gamal Eid, disse: “Enquanto o Ministério do Interior, por meio do Departamento de Prisões, oferece atendimento, entretenimento e serviços aos acusados de pertencer ao antigo regime ou acusados de casos financeiros e de corrupção, presos políticos que se opõem ou criticam estão sujeitos a abusos, repressão e privação dos direitos que lhes são garantidos pela constituição e pela lei, como a visitação, o recebimento de alimentação, o direito ao telefonema ou à assistência médica, podendo inclusive ser impedidos de comparecer à renovação do suas sessões de prisão.”
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