A Turquia e a Líbia firmaram uma série de acordos que promovem as relações bilaterais ontem e reafirmaram o acordo de fronteira marítima que acordaram em 2019.
Numa conferência de imprensa conjunta na sequência de uma reunião do Conselho de Cooperação Estratégica Líbia-Turquia em Ancara, na segunda-feira (12), cinco Memorandos de Entendimento (MoU, na sigla em inglês) foram assinados pelo governo turco e pelo governo da Líbia. Eles cobrem educação, energia, mídia e reconstrução no país do Norte da África.
Os negócios incluem a construção de novas usinas, um novo lounge para passageiros no Aeroporto Internacional de Trípoli e um shopping center na própria capital. Outro acordo é para cooperação estratégica de mídia entre os dois países.
O primeiro-ministro líbio, Abdul-Hamid Dbeibeh, garantiu ao presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, que as empresas turcas terão o papel mais proeminente nos projetos de reconstrução em toda a Líbia.
LEIA: Premiê líbio e oficiais de alto escalão visitarão Turquia
Em abril do ano passado, o apoio e a assistência militar da Turquia ao governo internacionalmente reconhecido da Líbia em Trípoli ajudaram a repelir a ofensiva lançada pelo renegado marechal de campo Khalifa Haftar, que detinha o poder no leste do país.
Após a reconciliação dos dois governos rivais no final do ano passado e a tomada de posse do primeiro governo de unidade da Líbia em março, a grande maioria das instituições estatais foi novamente unificada. A sede oficial do parlamento é agora a cidade oriental de Tobruk.
Devido ao seu apoio ao governo legítimo nos últimos anos e à sua assistência no processo de paz, a Turquia deve desempenhar um papel importante no redesenvolvimento do país. Isso ficará ao lado de sua presença militar contínua, que permanecerá no local até que o governo líbio não precise mais dela.
Durante a visita de Dbeibeh à capital turca, ele e Erdogan também reafirmaram o controverso acordo marítimo assinado em 2019 entre Ancara e Trípoli, no qual a Turquia pretende reafirmar suas fronteiras marítimas, irritando Grécia e Egito no processo.