A Autoridade Palestina condenou um ato de sabotagem israelense perpetrado contra os alto-falantes utilizados durante as orações na Mesquita de Al-Aqsa, logo no primeiro dia do Ramadã, segundo informações da agência de notícias Wafa.
Fios foram cortados durante as orações de Isha e Tarawih, preces conduzidas à noite durante o mês sagrado islâmico, reportou um porta-voz da presidência palestina
“Trata-se de um ataque discriminatório contra a santidade dos lugares sacros e a liberdade de culto”, reiterou Nabil Abu Rudeineh. “Representa também uma violação grosseira das convenções internacionais de direitos humanos”.
Rudeineh alertou ainda para as consequências da agressão israelense: “Tais medidas ameaçam transformar o conflito em uma guerra religiosa sem fim, ao prejudicar os prospectos de paz e segurança internacional”.
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A polícia da ocupação israelense invadiu os minaretes de Al-Magharba e Al-Asbat e cortou os fios conectados aos alto-falantes de Al-Aqsa, terceiro lugar mais sagrado para o Islã.
Na ocasião, cerca de 10 mil palestinos plenamente vacinados contra o covid-19 realizavam suas orações no primeiro dia do mês do Ramadã.
Os policiais israelenses derrubaram a porta do minarete de Al-Asbat e saquearam o sótão. Antes disso, impediram a distribuição de refeições aos fiéis para romper seu jejum, ato respeitado durante o mês sagrado, além de atacá-los após a oração de Tarawih.
A Autoridade Palestina exortou novamente a comunidade internacional a assumir medidas contundentes para dar fim às agressões sistemáticas da ocupação israelense contra os lugares sagrados cristãos e islâmicos na cidade ocupada de Jerusalém.
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