Um alto funcionário iraniano admitiu que Israel roubou o arquivo do programa nuclear de seu país em uma suposta operação do Mossad realizada em 2018, informou o jornal israelense The Jerusalem Post na quinta-feira (15).
Momeen Rezaei, conselheiro do líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, disse à agência de notícias iraniana Mehr na quarta-feira que o país precisa de uma grande reforma em sua segurança.
“O país foi amplamente exposto a violações de segurança, e o exemplo é que, em menos de um ano, ocorreram três incidentes de segurança: duas explosões e um assassinato”, explicou Rezaei.
Ele acrescentou: “Antes disso, documentos de todo o nosso [arquivo] nuclear foram roubados e, antes disso, alguns drones suspeitos chegaram e fizeram algum trabalho”.
Quando o Mossad contrabandeou o arquivo nuclear para fora do Irã em 2018, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, apresentou a suposta evidência de que o Irã pretendia desenvolver uma arma nuclear. O Irã negou isso.
O negociador nuclear do Irã, Abbas Araghchi, classificou as afirmações de Netanyahu na época: “Uma peça muito infantil e até mesmo ridícula”.
Mohammad Marandi, um dos negociadores do Irã no acordo nuclear de 2015, afirmou que Israel havia “fabricado provas”.
Rezaei expressou que o ataque desta semana a Natanz foi “um acontecimento ruim em termos de prestígio” e que “eles o fizeram para quebrar nossa resistência na diplomacia”.