O comando da Guarda Costeira da Turquia anunciou neste sábado (17) o resgate de 41 requerentes de asilo no Mar Egeu, devolvidos a águas territoriais turcas pela Guarda Costeira da Grécia, segundo informações da agência Anadolu.
Dentre os refugiados, uma vítima de um ataque incendiário perpetrado por oficiais gregos.
O centro de comando reportou em seu website que equipes da guarda costeira foram enviadas para resgatar requerentes de asilo na manhã de ontem, na costa do distrito de Cesme, na província de Izmir, oeste da Turquia.
Um requerente de asilo sofreu queimaduras em sua perna e foi transferido a um hospital.
O Ministro do Interior da Turquia Suleyman Soylu compartilhou no Twitter um registro de vídeo no qual embarcações oficiais gregas forçam o retorno dos refugiados a águas turcas.
“Forças gregas jogam gasolina em pessoas para tentar queimá-las, o que sugere um massacre sob o nariz da Europa”, afirmou Soylu. “A Europa entrará para a história como instigadora desta crueldade, ao afagar a Grécia e manter seu silêncio sobre o que acontece”.
Greek Law Enfor. Agencies seek to burn people, pouring gasoline on them, which indicates massacre under scout of Europe.
Europe shall go down history as instigator of this malignancy, by spoiling Greece and keeping silent to what's going on there @EU_Commission pic.twitter.com/vGmMvJs8mO
— Süleyman Soylu | Maske😷 Mesafe↔️ Temizlik🧼 (@suleymansoylu) April 17, 2021
Ministro do Interior da Turquia denuncia ataques da Guarda Costeira da Grécia contra civis
Uma das vítimas comentou o incidente em vídeo: “Havia uma mulher. Ela disse: ‘Vão embora’. Mas nós não fomos. Ela trouxe gasolina e jogou em nós e ateou fogo. Então ela disse: ‘Vocês se queimaram porque não voltaram para a Turquia’.”
“Eles nos trouxeram até aqui em nosso barco e nos deixaram à deriva”, concluiu a vítima.
A Turquia representa um dos principais pontos de passagem para requerentes de asilo que anseiam chegar à Europa na esperança de uma vida melhor, sobretudo exilados em virtude de guerras e perseguição étnica e política.
O governo turco e grupos de direitos humanos alertam para a prática ilegal da Grécia de forçar o retorno dos refugiados, o que impõe risco de morte a indivíduos vulneráveis, incluindo mulheres e crianças, em violação de consensos humanitários e da lei internacional.
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