Quatro organizações não-governamentais registraram uma queixa-crime contra membros do governo da Síria, liderado pelo presidente Bashar al-Assad, por executar ataques letais com armas químicas contra populações civis, reportou a rede AFP.
A mais recente denúncia foi protocolada pelos grupos internacionais Centro Sírio de Mídia e Liberdade de Expressão (SCM), Defensores dos Direitos Civis, Arquivo Sírio (SA) e Open Society Justice Initiative (OSJI).
As organizações acusam oficiais sírios de ordenar e comandar os ataques químicos com gás sarin na região de Ghouta, subúrbio da capital Damasco e em Khan Sheikhun, na província de Idlib, em 2013 e 2017, respectivamente.
Após a nova denúncia oficial contra Assad e seu regime, Andrew Stroehlein, diretor de imprensa do Human Rights Watch (HRW) na Europa, divulgou uma cronologia dos ataques químicos perpetrados na Síria desde 2013.
Four NGOs have announced they have filed a criminal complaint in Sweden against members of the Syrian government, including President Assad, over chemical weapons attacks in 2013 and 2017. https://t.co/iSv5RovgzY pic.twitter.com/KJaDWZU9xo
— Andrew Stroehlein (@astroehlein) April 20, 2021
Andrew Stroehlein, diretor do HRW, divulga cronologia dos ataques químicos na Síria
“Hoje, na Suécia, às vésperas da conferência dos estados-membros da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ), sobreviventes sírios e ongs da sociedade civil registraram uma queixa-crime contra oficiais de alto escalão do governo sírio”, relatou o Centro Sírio de Mídia e Liberdade de Expressão em sua página do Twitter.
Today in Sweden, on the eve of the OPCW States Parties Conference, Syrian survivors and civil society NGOs filed a criminal complaint against high-ranking officials in the Syrian government
Read the press release via this linkhttps://t.co/Y7PrF5Pw2j pic.twitter.com/5GhenduT8E— Syrian Center for Media and Freedom of Expression (@SyrianCenter) April 19, 2021
Centro Sírio de Mídia e Liberdade de Expressão denuncia ataques químicos ordenados por Assad
Em 21 de agosto de 2013, mais de 1.400 homens, mulheres e crianças foram mortos em Ghouta Oriental. Segundo evidências, o governo sírio também está por trás dos ataques contra Khan Sheikhum, que resultaram em dezenas de mortos, em abril de 2017.
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