A Etiópia está ameaçando a segurança nacional do Sudão com sua intenção de começar a encher o reservatório da represa da Renascença em julho, disse a ministra das Relações Exteriores, Mariam Al-Sadiq Al-Mahdi, em comunicado na segunda-feira (19).
Al-Mahdi acusou Addis Ababa de atacar os valores da boa vizinhança e ameaçar a vida de 20 milhões de sudaneses ao iniciar a segunda fase de enchimento do reservatório da barragem.
No domingo, ela pediu a realização de uma cúpula de presidentes africanos e representantes do governo para chegar a um acordo sobre a barragem.
Cartum também apelou aos especialistas da União Africana (UA) para propor soluções e apresentar projetos alternativos para o acordo entre os três países, mantendo o papel de observadores.
No domingo passado, o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, confirmou que o segundo enchimento da barragem do Renascimento ocorrerá durante a estação das chuvas em julho e agosto.
Egito e Sudão, ambos países a jusante ao longo do rio Nilo, insistem em chegar a um acordo sobre o enchimento e operação da barragem que preservará seu acesso à hidrovia vital e garantirá o fluxo de sua parcela anual de água do Nilo, no valor de 55,5 bilhões de metros cúbicos e 18,5 bilhões de metros cúbicos, respectivamente.
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