A liderança da Autoridade Palestina comprometeu-se em realizar as eleições nacionais palestinas dentro do cronograma estabelecido pelos decretos presidenciais, ao reiterar as datas marcadas, afirmou ontem (21) Nabil Abu Rudeineh, porta-voz da presidência palestina.
Em entrevista à rádio Voice of Palestine, declarou Abu Rudeineh: “Nada mudará, tampouco haverá transtornos contrários aos interesses palestinos, pois essas eleições são uma demanda palestina e qualquer interrupção, não importa qual, não ajuda em nada”.
Prosseguiu: “Jerusalém é a linha vermelha e o povo palestino não desistirá ou aceitará um estado com fronteiras provisórias ou qualquer coisa que contradiga as decisões do Conselho Nacional Palestino e as resoluções das Nações Unidas”.
“Nenhuma decisão será tomada quanto Jerusalém sem antes retornar à liderança, às facções e todas as suas forças”, enfatizou Abu Rudeineh.
“As eleições ocorrerão no prazo e esforços são conduzidos junto das partes interessadas, incluindo União Europeia, que tenta fazer todo o possível, mas ainda não consegue convencer Israel a permitir a realização das eleições”, explicou o porta-voz presidencial.
Sobre o papel dos Estados Unidos em pressionar a ocupação israelense, comentou: “Washington ainda não respondeu sobre pressionar Israel, para que não obstrua as eleições, embora seja uma gestão melhor que a anterior, pois o Presidente Joe Biden de fato declarou seu compromisso com a solução de dois estados e retomou a ajuda ao povo palestino”.
Ao abordar os próximos passos da liderança palestina, Abu Rudeineh confirmou que o Comitê Central do Fatah conduz reuniões abertas para tomar as seguintes decisões. Caso necessário, um encontro conjunto dos diversos grupos palestinos pode ser convocado para alcançar seus objetivos estratégicos concernentes às eleições.
Segundo decreto presidencial de Mahmoud Abbas, eleições legislativas estão marcadas para 22 de maio; eleições presidenciais, em 31 de julho; e nova votação para o Conselho Nacional Palestino, órgão que abrange os palestinos na diáspora, em 31 de agosto.
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