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Refugiados iazidis retornam a aldeias de origem, no Iraque

Iazidis participam de uma vigília à luz de velas na região de Sharya, no Curdistão iraquiano, em 3 de agosto de 2020 [Safin Hamed/AFP via Getty Images]
Iazidis participam de uma vigília à luz de velas na região de Sharya, no Curdistão iraquiano, em 3 de agosto de 2020 [Safin Hamed/AFP via Getty Images]

O Ministério da Defesa do Iraque anunciou ontem (22) que cerca de 7.500 famílias deslocadas, a maioria iazidis, retornaram aos distritos de Tal Afar e Sinjair, na província de Nínive, norte do país, segundo informações da agência Anadolu.

As famílias foram deslocadas por ataques do grupo terrorista Daesh (Estado Islâmico) e se instalaram na região do Curdistão iraquiano, em 2014.

Segundo o ministério, o exército iraquiano supervisionou o retorno dos refugiados internos, sem mencionar a data específica. A nota oficial acrescentou que as forças de segurança continuam a limpar as aldeias em questão para concluir a operação de retorno.

Mais de 300 mil pessoas foram deslocadas de Sinjair durante a invasão do Daesh. O grupo terrorista executou homens iazidis capturados por seus combatentes e sequestrou aproximadamente seis mil mulheres e crianças.

Estima-se que cerca de 20% dos deslocados internos retornaram às suas aldeias e cidades de origem, após seis anos de sua expulsão devido às ações do Daesh.

O governo autônomo curdo no norte do Iraque alegou que a presença de grupos armados, incluindo filiados ao Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), considerado terrorista por Turquia e outros países, impediu o salvo conduto da população, até então.

Em 9 de outubro de 2020, Bagdá e o governo regional do Curdistão assinaram um acordo para manter a segurança de Sinjair, conforme coordenação entre o exército iraquiano e forças curdas, a fim de remover grupos clandestinos da região.

Entretanto, o governo curdo alerta que células ligadas ao PKK continuam espalhadas pelo distrito de Sinjair, após forças adicionais da Síria serem transferidas ao Iraque.

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