Parlamentares árabes alertaram que o incitamento contínuo pode levar a uma repetição do massacre de 1994 realizado pelo colono judeu extremista Baruch Goldstein, que deixou mais de 29 fiéis palestinos mortos e cerca de 120 outros feridos na Mesquita de Al-Ibrahimi durante o mês sagrado muçulmano do Ramadã.
O Al-Quds Al-Arabi divulgou vídeos postados nas redes sociais mostrando colonos extremistas da organização Kahanista de direita Lehava abrindo fogo contra palestinos em Jerusalém, ferindo dezenas deles.
Os colonos extremistas também atacaram vários jornalistas israelenses que cobriam suas violações contra os colonos na cidade sagrada.
Um dos incitadores mais perigosos, relatou o Al-Quds Al-Arabi, é o chefe do Partido Sionista Religioso Bezalel Smotrich, que renovou seu incitamento em um tweet: “O que o inimigo árabe está fazendo lembra a desobediência de 1936, e este é um resultado do governo fraco, policiais deficientes e corrupção do sistema judiciário”.
O chefe da Lista Conjunta Árabe no Knesset Ayman Odeh enviou uma carta ao ministro do Interior israelense, Amir Ohana, pedindo-lhe que parasse “imediatamente” a agressão da: “direita extremista e sua violência contínua, crimes e terrorismo contra os alunos árabes que frequentam escolas na cidade sagrada”.
Odeh afirmou em sua carta que os palestinos foram submetidos à violência perpetrada por Lehava, que divulgou informações sobre como atacá-los e sobre como esconder evidências dos ataques.
O Movimento Árabe pela Mudança, liderado pelo parlamentar Ahmad Tibi, culpou Smotrich pela agressão de Lehava, da qual Kahanist Itamar Ben-Gvir, chefe do Partido Otzma Yehudit, é um de seus líderes.
As últimas semanas testemunharam tentativas crescentes de atacar os fiéis palestinos dentro da mesquita de Al-Aqsa, informou o Movimento Árabe pela Mudança, pedindo uma ação urgente para apoiar os palestinos em Jerusalém.