Israel rejeitou um pedido para permitir eleições na cidade ocupada de Jerusalém, reportou neste domingo (25) Azzam al-Ahmad, membro da Organização para a Libertação da Palestina (OLP) à rádio oficial palestina, segundo informações da agência Anadolu.
“Israel não respondeu positivamente ao pedido palestino e à pressão internacional para permitir eleições em Jerusalém”, declarou al-Ahmad. “Israel mantém-se firme com o acordo do século dos Estados Unidos, ao considerá-lo uma vitória”.
Em 2020, o então presidente americano Donald Trump mobilizou seu controverso “acordo do século” sobre a questão palestina, ao referir-se a Jerusalém ocupada como “capital indivisível de Israel” e reconhecer a soberania israelense sobre grande parte da Cisjordânia.
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O esquema incitou inúmeras condenações por parte organizações palestinas e internacionais, ao sugerir a criação de um estado palestino fragmentado em guetos, conectado apenas por pontes e túneis sujeitos a postos de controle militar de Israel.
Al-Ahmad, também membro do Comitê Central do Fatah, confirmou que a cúpula do partido se reunirá hoje para debater a participação de Jerusalém nas eleições.
Os palestinos residentes no território ocupado de Jerusalém Oriental participaram das eleições anteriores, em 1996, 2005 e 2006, ao registrar seus votos em seis escritórios postais instalados por Israel na cidade. Os votos então eram encaminhados à agência eleitoral palestina.
As eleições legislativas estão previstas para 22 de maio e o pleito presidencial, em 31 de julho, após um intervalo de quinze anos.
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