O Presidente do Egito Abdel Fattah el-Sisi emitiu ontem (25) um decreto para estender o estado de emergência nacional por três meses adicionais.
A ordem publicada no diário oficial concede poderes ao exército e à polícia para agir contra supostas ameaças de terrorismo e financimento de atividades do tipo, além de salvaguardar a segurança e proteger cidadãos e propriedades públicas e privadas no país.
Críticos observam que o estado de emergência é utilizado como mecanismo para endurecer o regime militar e reprimir opositores.
Segundo a imprensa local, o premiê Mostafa Madbouli anunciou ainda a imposição de um toque de recolher a diversas áreas na província do Sinai do Norte, com fronteira para a Faixa de Gaza e Israel, suposto epicentro de insurgência de grupos terroristas.
A organização Wilayat Sinai, ligada ao Estado Islâmico (Daesh), assumiu responsabilidade por uma série de atividades na província.
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A área sob restrição estende-se de Tal-Rafah à região oeste de Arish e Jabal Al Halal.
O estado de emergência está em vigor no Egito desde 2017, quando dois ataques suicidas resultaram em 45 mortos em duas igrejas, no Domingo de Ramos, nas províncias de Tanta e Alexandria. Desde então, a cada três meses é renovado reiteradamente.