O Sindicato dos Jornalistas da Palestina (SJP) expressou ontem (25) seu veemente repúdio à escalada israelense de ataques e casos de perseguição judicial contra profissionais de imprensa, que levou à prisão de três repórteres, além de cinco feridos.
A entidade afirmou em nota que a escalada serve de mensagem a todo o mundo de que “a opressão e os crimes da ocupação [israelense] continuam, de modo que demandam ação internacional imediata para contê-los”.
A categoria reivindicou a soltura imediata e incondicional dos jornalistas Qutayba Qasim e Muhammad Ateeq, presos na sexta-feira (23) em um posto de controle militar israelense no norte da cidade ocupada de Jerusalém, entre outros colegas presos por Israel.
Cinco jornalistas foram recentemente atacados em exercício do dever pela ocupação israelense, destacou o sindicato.
Khaled Bedir sofreu um ferimento em seu pé ao ser atingido por um projétil de gás lacrimogêneo, enquanto cobria um ato em Tulkarm, na noite de sábado (24).
Hafez Abu Sabra também foi ferido ao ser alvejado no peito com gás lacrimogêneo, enquanto cobria uma marcha no posto de controle de Huwara, ao sul de Nablus.
Rajai al-Khatib foi atingido por uma bala de metal que fraturou seu pé, perto do Portão de Damasco, em Jerusalém Oriental. Osaid Sobeih e Bilal Jabareen, correspondente e cinegrafista da Palestine TV, foram agredidos em Al-Bireh.
A entidade expressou ainda grave preocupação pela vida do jornalista Alaa Al-Rimawi, transferido a um hospital cinco dias após ser preso pelas forças israelenses, devido a uma greve de fome que lançou para reivindicar sua liberdade.
Tais ataques, concluiu o comunicado, não impedirão os jornalistas de exercer seus deveres profissionais e suas responsabilidades perante o povo palestino.