![Nuvem de gafanhotos do deserto sobrevoa a cidade de Arsal, norte do Líbano, fronteira com a Síria, em 23 de abril de 2021 [AFP via Getty Images]](https://i0.wp.com/www.monitordooriente.com/wp-content/uploads/2021/04/GettyImages-1232475782-scaled-e1619531217598.jpg?resize=1200%2C800&quality=75&strip=all&ssl=1)
Helicópteros militares foram deslocados para pulverizar terras agrárias no nordeste do Líbano e ajudar fazendeiros a enfrentar uma nuvem de gafanhotos que tomou o país, em evento descrito pelas Nações Unidas como “bastante raro”, segundo a agência Reuters.
O Ministério da Agricultura do Líbano emitiu alerta máximo, mas reportou ontem (26) que um grande número de gafanhotos foi efetivamente destruído.
Segundo o ministro em exercício Abbas Mortada, não houve grandes perdas até então, mas há receios de que enxames maiores possam ser levados pelo vento ao sul do país.
“Em pouco tempo, conseguimos destruir boa parte deles, mas alguns escaparam e há ainda uma grande quantidade, sobretudo na área de Hermel em Marjaheen”, declarou o ministro.
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Os gafanhotos ameaçam colheitas e são o último adendo a uma longa lista de desafios enfrentados pelo Líbano, que vivencia sua pior crise econômica em décadas.
Na região atingida de Baalbek-Hermel, no nordeste do território libanês, prepondera a atividade pecuária, com poucas plantações de cereja afetadas pelo incidente.
“Estamos prontos para tudo que possa acontecer”, prometeu Mortada, ao comentar temores de que os gafanhotos avancem às terras meridionais predominantemente agrárias.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) descreveu a ocorrência como pouco usual, ao observar que uma mudança na direção dos ventos levou os insetos da Arábia Saudita à Jordânia e então a Síria e Líbano.
“É algo muito raro … Os campos de reprodução ficam na costa do Mar Vermelho, no norte do litoral saudita”, declarou Maurice Saade, representante da agência da ONU no Líbano. “Porém, até então, está sob controle e certamente não há pânico”, concluiu.
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