Os líderes greco e turco-cipriotas encontraram-se em Genebra, Suíça, nesta terça-feira (27) para tentar encontrar um consenso sobre a pequena ilha mediterrânea, dividida hoje entre os dois estados de fato, com apoio das Nações Unidas, relatou a Reuters.
As últimas negociações sobre a questão cipriota foram conduzidas há quatro anos, sem êxito.
Segundo as informações, o Secretário-Geral da ONU António Guterres exortou pragmatismo sobre o prospecto de progresso para reunificar o Chipre e reivindicou de ambas as partes em disputa que sejam flexíveis sobre sua abordagem.
O líder turco-cipriota Ersin Tatar expressou esperanças de que sua proposta de dois estados traga uma “nova visão” à conferência desta semana. Entretanto, o lado greco-cipriota já declarou sua rejeição à ideia.
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“Vou a Genebra para apresentar minha proposta”, afirmou Tatar na segunda-feira (26) à agência Reuters. “Minha nova visão é dois estados soberanos que vivem lado a lado, em boa relação de vizinhança e cooperação, a fim de promover o bem-estar a todos os cipriotas”.
Por outro lado, o líder greco-cipriota Nicos Anastasiades alegou que o principal objetivo do mais recente esforço da ONU é encontrar pontos em comum para prosseguir com o diálogo sobre as disputas referentes à nação do Mediterrâneo Oriental.
O Chipre é dividido entre greco-cipriotas ao sul e turco-cipriotas ao norte desde 1974.
A República Turca do Chipre do Norte é um estado de fato reconhecido apenas pela Turquia.
Como avalista, Ancara também foi convidada à reunião em Genebra, além de Grécia e Reino Unido, que asseguraram a independência da ilha de Londres, em 1960.
No último ano, os governos turco e turco-cipriota apresentaram sua proposta de dois estados para solucionar as disputas regionais. Líderes greco-cipriotas rechaçaram a ideia ao denunciá-la como tentativa de legitimar a partilha do país.