A UE instou na sexta-feira Israel a permitir eleições em todo o território palestino e lamentou o atraso na votação, relatou a Agência Anadolu.
“A decisão de adiar as eleições palestinas planejadas, incluindo as eleições legislativas originalmente marcadas para 22 de maio, é profundamente decepcionante”, disse o chefe da política externa da UE, Josep Borrell, em um comunicado por escrito.
Ele reiterou o “apelo do bloco a Israel para facilitar a realização de tais eleições em todo o território palestino, inclusive em Jerusalém Oriental”.
Borrell também pediu às autoridades palestinas que estabeleçam uma nova data para as eleições “sem demora” e encorajou todos os atores políticos palestinos a retomar as negociações.
LEIA: Autoridade Palestina aumenta alerta de segurança
“Acreditamos firmemente que instituições palestinas democráticas fortes, inclusivas, responsáveis e funcionais, baseadas no respeito ao Estado de Direito e aos direitos humanos, são vitais para o povo palestino”, acrescentou ele, enfatizando o compromisso da UE com uma solução de dois Estados.
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, disse na quinta-feira que não realizarão eleições com Jerusalém excluída da votação.
Ele disse que o lado israelense não respondeu ao pedido palestino de realização das urnas na Jerusalém Oriental ocupada.
Abbas, no entanto, enfatizou que, assim que Israel permitir as eleições em Jerusalém, a votação será realizada dentro de uma semana.
Os territórios palestinos, incluindo a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, estão sob ocupação israelense desde 1967.
Como a Turquia e grande parte da comunidade internacional, a UE não reconhece a soberania de Israel sobre essas áreas.