Mais de 700 migrantes líbios foram repatriados nos últimos dias, anunciou ontem o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
“Entre os migrantes, havia crianças muito pequenas e pessoas que precisavam desesperadamente de assistência”, disse a porta-voz do ACNUR, Carlotta Sami, no Twitter.
Ela advertiu que os migrantes teriam acabado em “detenções arbitrárias indefinidamente”, acrescentando que estariam em risco de “possíveis violações por traficantes de seres humanos”.
“A Líbia ainda não está segura”, enfatizou a funcionária da ONU.
Na semana passada, o Conselho de Segurança da ONU realizou uma reunião informal com foco na repatriação de mais de 20.000 combatentes e mercenários estrangeiros da Líbia, uma exigência do governo de transição do país em direção às eleições de dezembro, após uma década de combates e levantes.
A ONU estimou em dezembro que havia pelo menos 20.000 combatentes e mercenários estrangeiros na Líbia, incluindo sírios, russos, sudaneses e chadianos.
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