A Autoridade Palestina (AP) denunciou ao Tribunal Penal Internacional (TPI), com sede em Haia, a “expulsão à força de famílias árabes de suas casas no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental”, anunciou ontem (5) Ibrahim Melhem, porta-voz de Ramallah.
No Facebook, Melhem reportou que Israel mantém graves violações à lei internacional, ao despejar famílias palestinas da área ocupada para dar lugar a colonos ilegais.
A carta emitida a Haia exorta o órgão internacional a incluir o caso de Sheikh Jarrah em sua investigação sobre os crimes de guerra cometidos por Israel contra os palestinos.
Omar Awadallah, oficial do Ministério de Relações Exteriores da Autoridade Palestina, confirmou que a carta foi enviada ao tribunal sob diretiva do presidente Mahmoud Abbas.
“A transferência forçada da população e os subsequentes crimes de guerra e lesa-humanidade recaem ao Estatuto de Roma”, observou Melhem, em referência ao tratado fundador do Tribunal Penal Internacional.
Os palestinos de Sheikh Jarrah protestam contra o deslocamento imposto por ordens judiciais arbitrárias promulgadas pela ocupação israelense e perpetradas por suas forças militares.
A Corte Distrital de Israel em Jerusalém Oriental aprovou a decisão de expulsar seis famílias palestinas de seus lares, em maio, a favor de colonos ilegais. Também determinou que outras sete famílias de Sheikh Jarrah devem deixar suas casas até 1° de agosto.
Os palestinos temem que a nova investida das forças israelenses seja parte do esforço em curso para que colonos ilegais assumam controle de propriedades palestinas no bairro de Sheikh Jarrah e posteriormente do restante de Jerusalém ocupada.
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