Os refugiados sírios foram identificados como um grupo distinto que mais sofreu em termos econômicos durante a pandemia de covid-19, revelou uma pesquisa na Turquia.
“De acordo com a pesquisa, a porcentagem de refugiados sírios empregados caiu de 38 por cento para 29 por cento”, explicou o diretor do Centro de Pesquisa de Integração e Migração da Universidade Turco-Alemã, professor Murat Erdogan. “Isso significa que um número significativo de trabalhadores perdeu seus empregos.”
Ele acrescentou que 80 por cento das crianças sírias evitaram a educação durante a pandemia. “Alguns deles não têm acesso à internet, outros não têm celulares ou tablets, e alguns não entendem o idioma e, por isso, não conseguem se engajar no sistema educacional”. Os mecanismos para ajudá-los a aprender e compreender não existem para quem não é bem versado em turco, destacou o professor.
Embora não haja dados oficiais claros sobre o estado de saúde dos refugiados sírios, ele disse: “A taxa de infecção por covid-19 é ligeiramente inferior à média na Turquia”.
O relatório da universidade também destaca os incidentes de discurso de ódio contra refugiados sírios na Turquia. Tal racismo, explica ele, é prevalente entre os partidos de oposição turcos e já dura meses.
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