As exigências dos manifestantes que ocupam as ruas da Colômbia desde o dia 28, em protestos contra as políticas do governo do direitista Ivan Duque, explodiram em demandas emergenciais (como o auxílio de um salário mínimo na pandemia) e históricas, como a defesa dos direitos humanos e sociais.
O projeto de reforma tributária apresentado no dia 20, apontado como uma encomenda das agências de risco e credores neoliberais para amortização da dívida, foi retirado para dar lugar a outras tentativas de taxar a economia popular. Os protestos exigem que todas as cidades sejam desmilitarizadas, no que são apoiados por manifestações internacionais .
Nesta sexta-feira, estão programados protestos em frente a embaixadas da Colômbia, pedindo fim à repressão polícial que já deixou dezenas de mortos e mais de mil feridos no país.
Conforme o Departamento Administrativo Nacional de Estatísticas colombiano (DANE), o país padece com com 14,5% de desempregados, 51,2% jogados na informalidade, com 42,5% (21,1 milhões de pessoas) vivendo na pobreza e 15,2% (7,6 milhões de pessoas) na pobreza extrema.
O Comando Nacional de Greve colombiano cobra também a retirada da reforma sanitária, o desmantelamento do Esquadrão Móvel Antimotim (Esmad) da Polícia Nacional. E providências imediatas para a vacinação massiva contra a Covid-19.
O coronavírus já fez mais de 70 mil vítimas, atingindo a média de 500 mortes por dia.
O que coloca o país entre os campeões de mortalidade, junto com Estados Unidos, Índia, México e Brasil.
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