O Alto Comitê de Acompanhamento para Cidadãos Árabes de Israel convocou protestos em cidades árabes e em todas as cidades de Israel para mostrar apoio aos palestinos em Jerusalém e na Mesquita de Al-Aqsa.
Em um comunicado, o comitê pediu: “Apoio a Jerusalém e seu povo em face da sangrenta agressão terrorista contra nosso povo nos bairros de Jerusalém e na Mesquita de Al-Aqsa”.
O comitê também afirmou que está planejando organizar delegações a Jerusalém e seus bairros, onde dezenas de famílias palestinas enfrentam expulsão forçada pelas autoridades de ocupação israelenses.
“A agressão do exército de ocupação terrorista nesta [sexta-feira] à noite contra milhares de fiéis na abençoada Mesquita de Al-Aqsa, e o ferimento de 200 fiéis, é um indicador perigoso do que a ocupação está planejando nos próximos dias, para a cidade e a mesquita de Al-Aqsa”, anunciou o comitê.
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O comitê concordou com as famílias de Sheikh Jarrah em organizar protestos em massa contra a agressão israelense, dois dias antes ou depois do fim do mês sagrado do Ramadã. “O momento é deixado para eles decidirem”, disse o chefe do comitê, Mohammad Baraka, ao Al-Quds Al-Arabi.
Esse protesto coincidiria com a invasão em massa dos colonos israelenses ao local sagrado dos muçulmanos, de acordo com o comitê, que pediu aos palestinos em Israel e territórios ocupados que viajassem em massa para a Mesquita de Al-Aqsa e permanecessem lá até o final do mês do Ramadã.
Desde o início do mês sagrado do Ramadã, que coincidiu com a decisão de um tribunal israelense de forçar as famílias palestinas a deixarem suas casas em Sheikh Jarrah, os colonos da ocupação israelense aumentaram seus ataques contra os habitantes de Jerusalém.
Os ataques de colonos, que começaram com munição real contra palestinos, são protegidos pela polícia israelense. De acordo com o Crescente Vermelho Palestino, mais de 200 palestinos foram feridos.