O fato inegável que os eventos atuais na Palestina demonstram, especificamente na cidade sagrada de Jerusalém e no bairro de Sheikh Jarrah, é que há uma bússola na direção de uma verdade tão clara que não precisa da luz do sol para ser reconhedida: o direito dos palestinos a Jerusalém.
Os sionistas consideram hoje, 10 de maio, que é também o 28 do Ramadã, um dia sagrado para eles na história do conflito árabe-sionista, entre israelenses e palestinos, e também pelo reconhecimento dado a eles, nessa data, em 2018, pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump.
O projeto sionista é claro e prossegue impondo o apartheid aos povo ocupado, ignorando as decisões das Nações Unidas, dos tribunais internacionais ou da Liga Árabe.
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Uma série de fatos importantes mostra a capacidade de resistência palestina neste momento, as mais importantes das quais são:
Primeiro:
Esta revolta em massa trouxe a causa palestina de volta à escala das prioridades do mundo árabe e internacional, sendo que os países árabes perderam a esperança com o resultado das campanhas de normalização que se estenderam dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Omã até Sudão.
Segundo:
Os acontecimentos em Jerusalém injetaram ânimo, coragem e vitalidade na defesa do povo palestino. Qualquer que seja a aliança dos governos árabes com o sionismo, os povos árabes permanecem livres e se mostram na linha de frente na defesa de Jerusalém e da Palestina.
Terceiro:
A causa se espalha, apesar da censura. O Instagram fechou algumas contas de ativistas que transmitiam vídeos da Palestina e da Mesquita de Al-Aqsa, e isso mostra que as corporações mundiais não respeitam nada além da linguagem do poder.
You don't need to be a Muslim ,
You need to be a human to support Palestine.!!!!!#WakeUpMuslimUmmah#AlAqsaUnderAttack#IndiaStandsWithPalestine
pic.twitter.com/7JXPC1PGEN— Munawar Ali منور علی🇮🇳 (@ManvvarAli14) May 10, 2021
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Quarto:
Os palestinos de Jerusalém provaram que a cidade é uma larga linha vermelha que não pode ser tocada, e que eles estão dispostos a se sacrificar por ela. Jerusalém é o nome do conflito, e por ela os sacrifícios aumentam inevitavelmente. Se a ocupação avança, o confronto será violento.
Quinto:
A posição oficial árabe em alguns países, como na Argélia, foi de rejeição categórica às normalização com Israel. A Jordânia convocou seu encarregado de Negócios da embaixada de Israel em Amã e condenou os ataques bárbaros israelenses. A Jordânia terá de fazer mais, pois é a única guardiã da cidade de Jerusalém.
Sexto:
A situação dos palestinos hoje constitui uma porta de entrada para um diálogo árabe-árabe, para unificar visões e objetivos estratégicos, reunir povos e fazer avançar um projeto nacional, além de:
barrar a expansão dos assentamentos e sitiar Netanyahu;
retornar à resistência política;
apresentar os líderes da ocupação aos tribunais internacionais;
parar os acordos anteriores de Kodai Araba, Camp David e outros;
devolver a questão palestina ao abraço árabe de uma forma forte.
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King Faisal:
“Ensine a seus filhos que a Palestina está ocupada, que a mesquita de Al-Aqsa é prisioneira, que a entidade sionista é inimiga, que a resistência é uma honra e que não existe um Estado chamado Israel.”
O Ramadã 28, chamado no sionismo o Dia hebraico de Jerusalém, marca a ocupação total de Jerusalém em 1967 e é considerado na doutrina do sionismo entre grandes acontecimentos para Israel. Os outros são a Declaração de Balfour de 1917, a declaração do estabelecimento de seu suposto estado em 1948; a invasão da sagrada Mesquita de Al-Aqsa por mil colonos em 2017; o reconhecimento de Jerusalém como capital israelense por Donald Trump. Este ano, o chamado à invasão da mesquita tenta criar mais uma marca.
Maio tem duas celebrações com significados diferentes. O Dia Internacional de Jerusalém e o Dia Hebraico de Jerusalém confrontam os palestinos e os soldados da ocupação sionista. No entanto, a firmeza dos Jerusalemitas frente aos colonos é uma constante em todos os dias, e foi o que levou o tribunal da ocupação a adiar as operações de evacuação no bairro Sheikh Jarrah.
Os acontecimentos mostram que a luta nas ruas palestinas transcende organizações e partidos e se orienta por uma bússola clara. Qualquer que seja o tamanho da normalização e dos acordos comerciais, políticos e econômicos entre a entidade ocupante e os países árabes, ou a coordenação de segurança da autoridade em Ramallah em reconhecimento das fronteiras de 4 de junho de 1967, a resistência palestina aponta para o dia, em breve, em que o ocupante usurpador terá de recuar e devolver a Palestina aos seus legítimos donos.
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