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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Campanha britânica para salvar Sheikh Jarrah tem resposta ‘impressionante’

Uma campanha lançada pela ong britânica Friends of Al-Aqsa, em solidariedade ao bairro de Sheikh Jarrah em Jerusalém ocupada

Uma campanha lançada pela ong britânica Friends of Al-Aqsa, em solidariedade ao bairro de Sheikh Jarrah em Jerusalém ocupada, obteve uma grande resposta positiva do público geral, reportou Ismail Patel, presidente da entidade, ao MEMO.

“Estamos impressionados com a resposta do público britânico”, declarou Patel.

Protesto em solidariedade a Jerusalém ocupada, em frente à embaixada israelense em Londres, Reino Unido, 9 de maio de 2021 [Vudi Xhymshiti/Agência Anadolu]

Ao menos 45 mil emails foram enviados a parlamentares do Reino Unido como resultado da campanha.

Segundo Patel, a enorme resposta demonstra que os líderes dos principais partidos políticos britânicos, que mantiveram em maioria o silêncio sobre os ataques israelenses contra a Mesquita de Al-Aqsa e Sheikh Jarrah, estão desligados da opinião pública.

A Friends of Al-Aqsa convocou os cidadãos britânicos a escreverem a seus parlamentares para pressioná-los por respeito à lei britânica e internacional, no que concerne à causa palestina. Ativistas insistem que Londres deve emitir um repúdio veemente às violações de Israel.

“Seria ótimo se as pessoas pudessem também pressionar o Secretário de Relações Exteriores Dominic Raab para impor sanções a Israel por seus abusos flagrantes contra a lei internacional”, prosseguiu Patel.

“Tais violações incluem a anexação ilegal de terras palestinas — incluindo a própria cidade de Jerusalém — e um sistema de apartheid imposto ao povo palestino, como documentou o Human Rights Watch e a ong de direitos humanos israelense B’Tselem”, reiterou.

Em janeiro, a Corte Distrital de Jerusalém, parte do aparato da ocupação colonial israelense, ordenou o despejo de diversas famílias palestinas do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, para substituí-las por colonos ilegais.

No total, 58 pessoas, incluindo 17 crianças, estão às vésperas do deslocamento forçado.

A decisão judicial da ocupação exemplifica as práticas sistemáticas imposta há décadas sobre o povo palestino, como parte da política de expulsão israelense para substituir a população nativa por assentamentos exclusivamente judaicos.

Todos os assentamentos israelenses são considerados ilegais segundo a lei internacional. Não obstante, o estado sionista instalou mais de 250 assentamentos nos territórios palestinos ocupados da Cisjordânia e Jerusalém Oriental, até então.

A construção colonial resulta no deslocamento forçado dos residentes palestinos, além da demolição de suas casas e expropriação de suas terras pela ocupação de Israel.

O último ano vivenciou recordes de expansão colonial em Jerusalém Oriental, com 170 estruturas palestinas demolidas e deslocamento de 385 homens, mulheres e crianças.

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O iminente despejo dos palestinos de Sheikh Jarrah é parte da Nakba ainda em curso — em árabe, “catástrofe”; como é chamada a criação do estado israelense em 1948, na qual foram expulsos 750 mil palestinos de suas casas.

Historiadores — incluindo pesquisadores israelenses — denunciam este processo como limpeza étnica deliberada.

A Friends of Al-Aqsa é uma ong com sede no Reino Unido e apoio internacional, fundada em 1997, com foco na defesa dos direitos humanos do povo palestino e do santuário sagrado da Mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém ocupada.

Palestinos residentes em Sheikh Jarrah estão sendo substituídos por colonos israelenses enquanto soldados israelenses desocupam a propriedade palestina à força – Charge [Sabaaneh / Monitor do Oriente Médio]

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