Neste domingo (9), em seu tradicional discurso a fiéis na Praça de São Pedro, na Cidade do Vaticano, o Papa Francisco fez um apelo pelo fim da violência em Jerusalém ocupada, segundo informações da agência Anadolu.
Francisco relatou observar com apreensão os acontecimentos em Jerusalém e exortou as partes relevantes a buscar soluções à medida que seja preservado o respeito à cidade santa e seus diversos lugares de culto.
“A identidade multirreligiosa e multicultural da cidade sagrada deve ser respeitada”, declarou o pontífice católice. “Violência traz violência, parem os confrontos”.
Nos últimos dias, os palestinos da cidade ocupada realizaram protestos em solidariedade aos residentes do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, em meio a forte repressão da polícia israelense, com uso de gás lacrimogêneo e balas de borracha.
As manifestações contestam uma ordem de despejo da ocupação contra sete famílias palestinas, emitida no início deste ano pela Corte Central de Israel em Jerusalém Oriental, a fim de substituí-las por colonos ilegais israelenses.
A polícia da ocupação tentou dispersar fiéis dentro do complexo da Mesquita de Al-Aqsa na noite de sexta-feira (7), com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Mulheres também foram agredidas por forças de Israel, segundo testemunhas locais.
Ao menos 290 palestinos foram feridos pela repressão israelense desde sexta-feira, reportou o Crescente Vermelho da Palestina.
A Mesquita de Al-Aqsa é o terceiro lugar mais sagrado para os muçulmanos.
Israel ocupou Jerusalém Oriental, onde situa-se o complexo Al-Aqsa, em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias. Em 1980, anexou toda a cidade, medida jamais reconhecida pela comunidade internacional.
Colonos e soldados israelenses atacam Sheikh Jarrah