Organizações e membros da sociedade civil de toda a América Latina assinaram uma declaração para “condenar fortemente o brutal terrorismo sionista e as atrocidades israelenses em curso contra os religiosos e os manifestantes no complexo da Mesquita de Al-Aqsa”.
A carta, publicada no Resumen Latinoamericano, também denuncia “as tentativas de despejo dos moradores do bairro Sheikh Jarrah e os atuais ataques militares das forças de ocupação israelenses contra civis, que não são uma exceção à opressão histórica sistemática que o povo palestino vem sofrendo há mais de 70 anos”.
“Isso faz parte do plano sionista de limpeza étnica e apartheid contra os palestinos, em sua tentativa de judaizar as terras palestinas e a Cidade Santa de Jerusalém”, acrescenta.
LEIA: ONU alerta contra ‘guerra de larga escala’ caso EUA obstruam Conselho de Segurança
Os grupos signatários, que estão baseados no México, Argentina, Brasil, Bolívia, Colômbia, Guatemala, Honduras, Paraguai, Peru e numerosos outros países latino-americanos, descreveram as ações de Israel como “nada mais que puro terrorismo, e constituem crimes de guerra e crimes contra a humanidade”. Eles exigem “ações urgentes, e não palavras e condenações vazias”.
“Assim como na África do Sul houve medidas de pressão internacional, como a aplicação de sanções, que acabaram com as medidas do Apartheid, uma resposta semelhante é necessária da comunidade internacional para pressionar o regime israelense a acabar com suas políticas assassinas”, concluíram.
Os ataques israelenses a manifestantes palestinos exigindo o fim do despejo forçado de famílias de suas casas em Jerusalém Oriental ocupada para dar lugar a colonos ilegais se intensificaram durante a última semana. As forças de ocupação israelenses invadiram a Mesquita Al-Aqsa em inúmeras ocasiões, atirando e agredindo os fiéis palestinos enquanto rezavam as orações noturnas do Ramadã. Em resposta, as facções de resistência lançaram foguetes em Israel. O estado de ocupação, que continuamente ataca a Faixa de Gaza sitiada durante todo o ano, aumentou seus ataques e destruiu inúmeros blocos habitacionais, matando 35 palestinos, incluindo dez crianças. Cinco israelenses também foram mortos.
As autoridades israelenses de ocupação também fecharam as águas de pesca de Gaza e bloquearam toda a travessia dentro e fora da Faixa de Gaza, prendendo seus dois milhões de habitantes. Cerca de sessenta mil pessoas foram afetadas pelo fechamento arbitrário do mar. Relatórios anteriores mostraram que pelo menos noventa por cento dos pescadores de Gaza vivem abaixo da linha de pobreza.