Portuguese / English

Middle East Near You

Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Turquia cancela convite a ministro israelense após ataques a Al-Aqsa

Ministro de Energia de Israel Yuval Steinitz em Nicósia, capital do Chipre, 5 de dezembro de 2017 [Iakovos Hatzistavrou/AFP via Getty Images]
Ministro de Energia de Israel Yuval Steinitz em Nicósia, capital do Chipre, 5 de dezembro de 2017 [Iakovos Hatzistavrou/AFP via Getty Images]

A Turquia cancelou um convite ao Ministro de Energia de Israel Yuval Steinitz para um fórum diplomático na cidade de Antália, após os recentes ataques israelenses contra palestinos em Jerusalém ocupada e Faixa de Gaza sitiada, reportou a agência Anadolu.

Israel foi informado do cancelamento através da embaixada da Turquia em Tel Aviv.

O fórum está marcado para ocorrer entre 18 e 20 de junho.

O convite era considerado como oportunidade de melhorar as relações entre Ancara e Tel Aviv, sob tensões desde maio de 2010, quando forças especiais israelenses atacaram a embarcação humanitária Mavi Marmara, de bandeira turca, em águas internacionais.

O navio viajava em direção a Gaza como parte da chamada Frota da Liberdade, a fim de romper o cerco militar israelense contra o território costeiro e levar ajuda humanitária urgente aos refugiados palestinos. Dez cidadãos turcos foram mortos pelo ataque.

Na ocasião, Ancara retirou seu embaixador de Tel Aviv.

Desde então, oficiais turcos mantêm críticas a Israel por seus ataques contra o povo palestino, sobretudo a expansão de assentamentos ilegais em Jerusalém e Cisjordânia ocupada, além da situação humanitária na Faixa de Gaza.

No sábado (8), o Presidente da Turquia Recep Tayyip Erdogan condenou os “ataques hediondos” de Israel contra a Mesquita de Al-Aqsa.

Em seguida, exortou países islâmicos e a comunidade internacional a assumir medidas “efetivas” contra Israel, ao descrever aqueles que mantêm silêncio sobre a escalada da ocupação como “parte da crueldade imposta à região”.

Ao longo da última semana, forças israelenses reprimiram com brutalidade protestos civis contra a expulsão de famílias palestinas do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada, para substituí-las por colonos ilegais.

Forças da ocupação israelense também invadiram a Mesquita de Al-Aqsa e agrediram palestinos durante as orações do Ramadã, mês sagrado para os muçulmanos.

Após uma semana de incitação, grupos de resistência dispararam foguetes ao território considerado Israel — isto é, ocupado durante a Nakba, ou “catástrofe”, como é descrita a criação do estado sionista via limpeza étnica, em 1948.

O exército israelense então intensificou seus bombardeios já em curso contra a Faixa de Gaza e destruiu blocos residenciais e infraestrutura civil.

LEIA: A resistência das mulheres de Sheikh Jarrah: ‘Jamais sairemos’

O número de palestinos mortos chegou a 53 vítimas — entre as quais, catorze crianças e três mulheres —, além de 320 palestinos feridos, segundo o Ministério da Saúde local. Cinco soldados israelenses também faleceram.

Israel ordenou ainda o fechamento da área de pesca e todos os portões de entrada e saída da Faixa de Gaza, efetivamente aprisionando dois milhões de pessoas sob bombardeio.

As medidas arbitrárias contra as atividades de pesca afetam a subsistência de ao menos 60 mil palestinos. Documentos recentes demonstraram que ao menos 90% dos pescadores de Gaza vivem abaixo da linha da pobreza.

Categorias
Europa & RússiaIsraelNotíciaOriente MédioPalestinaTurquia
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments