As forças israelenses executaram um jovem palestino na sexta-feira perto da cidade de Silwad, a leste de Ramallah, e outro palestino foi morto na cidade de Ya’bad em Jenin, conforme os confrontos entre os palestinos e a ocupação na Cisjordânia se intensificavam.
Mais de 20 palestinos ficaram feridos com munição real disparada por forças israelenses que tentavam reprimir protestos em Qalqilya, Hebron, Nablus, Jenin e Tulkarm. Assim, o número de feridos com balas de borracha e gás lacrimogêneo aumentou para mais de 200, de acordo com o Crescente Vermelho Palestino (PRCS).
A ocupação israelense disse que suas forças atiraram em um palestino próximo ao assentamento de Ofra, no centro da Cisjordânia, após supostamente tentar realizar um ataque próximo à área.
O exército israelense anunciou em um comunicado: “Recebemos notícias sobre uma tentativa de atacar Ofra”, acrescentando: “não houve vítimas entre nossas forças”.
O exército israelense não declarou a gravidade da lesão do palestino nem sua identidade. No entanto, o Ministério da Saúde palestino anunciou mais tarde que o jovem foi morto devido a ferimentos graves.
Fontes locais relataram que o jovem ficou gravemente ferido quando os soldados da ocupação abriram fogo contra seu veículo. Depois de anunciar a morte do jovem, eclodiram confrontos em Silwad entre os moradores e os soldados da ocupação, que dispararam bombas de gás lacrimogêneo.
O Ministério da Saúde da Palestina também anunciou a morte de um palestino, que permanece sem identificação até o momento, após ter sido baleado pelo exército israelense durante confrontos ocorridos na cidade de Ya’bad (Jenin), indicando que as balas reais foram disparadas na coxa do mártir.
Um jovem foi ferido por balas das forças israelenses depois que os moradores responderam a um ataque realizado por colonos do assentamento Yitzhar na cidade de Urif, ao sul de Nablus, em meio a confrontos com soldados da ocupação.
A ocupação disparou munição real e bombas de gás lacrimogêneo, o que resultou em ferir um jovem que recebeu balas no abdômen, enquanto outro palestino foi atingido com uma pedra na cabeça.
Após as orações de sexta-feira, protestos começaram na Cisjordânia denunciando as práticas israelenses na cidade de Jerusalém e os crimes na Faixa de Gaza, que as forças de ocupação tentaram dispersar usando balas de metal e bombas de gás lacrimogêneo.
No norte da Cisjordânia, os confrontos ocorreram principalmente nas aldeias de Bazaria, Hawara, Beit Dajan, Osrin e Burin na governadoria de Nablus. Além disso, outros confrontos eclodiram na entrada ocidental de Tulkarm e nas aldeias de Qaffin e Kafr Zita, bem como em Kafr Qaddum, a leste de Qalqilya, e nas cidades de Qarawat Bani Hassan, Deir Istiya e na entrada da cidade de Salfit.
LEIA: Confrontos continuam entre palestinos e colonos da ocupação e polícia de Israel
Quanto ao centro da Cisjordânia, confrontos eclodiram em várias aldeias em Ramallah, principalmente em Bil’in, Budrus, Nabi Saleh e Beit Sira, além da entrada norte da cidade.
Ao sul da Cisjordânia ocupada, os confrontos ocorreram no campo de refugiados de Arroub, perto do posto de controle de Abu Al-Reesh no centro de Hebron, bem como na entrada norte de Belém. Por outro lado, os confrontos eclodiram na entrada sul da cidade de Jericó.
Os confrontos entre os manifestantes e o exército de ocupação também eclodiram no posto de controle de Jalameh, a nordeste de Jenin, depois que facções palestinas convocaram os palestinos a se unirem a marchas em pontos em diferentes locais da Cisjordânia.
Seis palestinos foram mortos e centenas ficaram feridos desde segunda-feira passada, em confrontos separados com as forças de ocupação israelenses.
Na madrugada de sexta-feira, confrontos esporádicos estouraram na Cisjordânia, após marchas espontâneas em apoio à Faixa de Gaza, durante as quais o exército israelense usou balas de metal e balas de gás lacrimogêneo.