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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Ataques continuam em Gaza; Netanyahu promete mais ataques aéreos

Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu em Jerusalém ocupada, 21 de fevereiro de 2018 [Thomas Coex/AFP via Getty Images]
Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu em Jerusalém ocupada, 21 de fevereiro de 2018 [Thomas Coex/AFP via Getty Images]

Israel prosseguiu com seus devastadores ataques aéreos contra a Faixa de Gaza sitiada nas primeiras horas da manhã deste domingo (16).

Um edifício que abrigava escritórios de imprensa foi destruído por mísseis israelenses. Grupos de resistência palestinos reagiram ao lançar foguetes caseiros contra Tel Aviv, interceptados pelo potente sistema de defesa conhecido como Domo de Ferro, reportou a Reuters.

As hostilidades não demonstraram qualquer sinal de abrandamento em seu sétimo dia consecutivo. Ao menos 181 palestinos morreram, incluindo 52 crianças, desde segunda-feira (10). Israel reportou dez mortos até então, incluindo dois menores de idade.

Neste sábado (15), um edifício de doze andares que abrigava escritórios das redes internacionais Associated Press e Al Jazeera, além de apartamentos residenciais, foi destruído na Cidade de Gaza por ataques aéreos israelenses.

Jornalistas e moradores foram evacuados em segurança após um alerta. Apelos dos profissionais para retirar equipamentos do prédio foram ignorados.

O exército israelense alegou que o prédio detinha recursos militares do Hamas; porém, sem qualquer evidência. Agências de notícias denunciaram o bombardeio como tentativa de silenciar o trabalho dos jornalistas em meio à escalada de tensões.

“O escritório da Associated Press teve sede nesta torre por quinze anos. Não temos qualquer indício de presença ou atividade do Hamas no edifício”, declarou a proeminente agência de notícias. “Jamais colocaríamos nossos jornalistas em risco”.

LEIA: Ong de direitos humanos de Israel denuncia estado por crimes de guerra em Gaza

Segundo a Secretária de Imprensa da Casa Branca, Jen Psaki, Washington advertiu Tel Aviv a “assegurar a segurança de jornalistas e profissionais da imprensa independente como uma responsabilidade prioritária”.

Mais tarde, o Presidente dos Estados Unidos Joe Biden conversou com o Primeiro-Ministro de Israel Benjamin Netanyahu e o Presidente da Autoridade Palestina Mahmoud Abbas para tentar restaurar a estabilidade na região.

Israel e Hamas insistem em manter suas campanhas, sem perspectiva para o fim dos ataques. Não obstante, um encontro do Conselho de Segurança da ONU está marcado para hoje com o objetivo de debater a violência e tentar mediar um cessar-fogo.

Em discurso televisionado, declarou Netanyahu:

Quem tem culpa por esses confrontos não somos nós, mas sim aqueles que nos atacam. Ainda estamos no meio desta operação, ainda não acabou e continuará pelo tempo necessário.

Segundo o premiê israelense, acusado de crimes de guerra e lesa-humanidade por organizações internacionais, dezenas de militantes do Hamas foram eliminados e centenas de supostas bases do grupo palestino foram atingidas por mísseis na Faixa de Gaza.

Entretanto, as baixas são, em vasta maioria, civis.

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