Cerca de 150 mil manifestantes tomaram as ruas de Londres, capital do Reino Unido, neste sábado (15), para condenar o massacre cometido por Israel na Faixa de Gaza e outras partes do território ocupado da Palestina histórica.
O protesto foi organizado pelo Fórum Palestino na Grã-Bretanha (PFB), Campanha de Solidariedade Palestina (PSC), Friends of Al-Aqsa (FOA), Coalizão Stop de War e Associação Islâmica da Grã-Bretanha (MAB).
Jeremy Corbyn, ex-líder do Partido Trabalhista, discursou durante o ato e expressou sua solidariedade e pesar pelas vítimas da agressão israelense em curso contra Gaza.
Husam Zomlot, embaixador da Autoridade Palestina no Reino Unido, descreveu o grande número de manifestantes presentes como resposta àqueles que duvidam do apoio e da solidariedade da opinião pública com o povo palestino.
Zahir Birawi, vice-presidente do PFB, observou que o protesto coincide com o 73° aniversário da Nakba palestina – em árabe, “catástrofe”, em referência à criação do estado colonial de Israel via limpeza étnica, em 15 de maio de 1948.
Neste viés histórico, Birawi destacou ainda que a cumplicidade britânica contra os palestinos teve início com a Declaração de Balfour — promessa do então chanceler à criação de um estado sionista na Palestina ocupada, em novembro de 1917.
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Birawi reiterou que o povo palestino jamais esquecerá tais crimes enquanto não houver um pedido oficial de desculpas do Reino Unido pelo processo de colonização e enquanto Londres manter seu apoio efetivo ao estado terrorista de Israel.
Raghad Altikriti, presidente da MAB, enalteceu a força e resistência do povo palestino e criticou o silêncio do governo britânico sobre as atrocidades cometidas por Israel. Em seguida, saudou todos aqueles que responderam ao chamado e tomaram as ruas em solidariedade.
Altikriti também enfatizou o direito dos palestinos de existir, resistir e retornar.
Em Manchester, uma grande manifestação reuniu mais de 5 mil pessoas.
O ex-prefeito Afzal Khan reiterou a importância de apoiar a causa palestina e responsabilizar o Reino Unido — moral e legalmente — pela situação na região. Também reivindicou o reconhecimento formal de que a Palestina é sujeita à ocupação militar ilegal israelense.
Outras cidades britânicas, como Birmingham e Bradford, também tiveram protestos.
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