A organização de direitos humanos israelense B’Tselem denunciou o Estado de Israel por cometer crimes de guerra na Faixa de Gaza, neste sábado (15), ao reivindicar intervenção imediata da comunidade internacional, segundo informações da agência Anadolu.
“A comunidade internacional deve intervir imediatamente e usar sua vantagem para obrigar Israel a mudar sua política antes que deixe ainda mais vítimas”, declarou a ong em nota.
Segundo a B’Tselem, desde a última ofensiva de larga escala em 2014, Israel “jamais diminuiu seu nível de destruição sobre a Faixa de Gaza sitiada”.
A organização reiterou que Gaza vivencia uma enorme crise humanitária devido aos catorze anos de bloqueio militar impostos por Israel contra seus dois milhões de residentes.
Desde segunda-feira (10), o exército israelense matou 145 palestinos, incluindo 41 crianças e 23 mulheres, e deixou 1.100 feridos nos ataques contra Gaza.
Dezessete palestinos foram mortos na Cisjordânia ocupada por forças e colonos israelenses, à medida que cidadãos palestinos protestavam contra as violações de Israel em Jerusalém Oriental – incluindo na Mesquita de Al-Aqsa – e os bombardeios em Gaza.
Desde 13 de abril, a violência escalou na região, após incitação e ataques de Israel. No início do ano, uma corte israelense determinou o despejo de doze famílias do bairro árabe de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada, para substituí-las por colonos ilegais.