O embaixador palestino na Argélia disse no domingo que a redução da escalada nos territórios ocupados deve ter um preço a ser pago pelas autoridades de ocupação israelenses. Mais notavelmente, insistiu Amin Maqboul, essa seria a suspensão das atividades de assentamento nos territórios palestinos.
“Sempre que ocorre uma escalada na Palestina e uma nova agressão é lançada pela ocupação israelense, algumas potências internacionais, lideradas pelo governo dos Estados Unidos e partidos europeus, correm para solicitar que a situação seja acalmada”, disse ele à estação de rádio nacional da Argélia. “Mas, nas condições em que vivemos agora, a calma deve ter um preço, porque a parte que a provocou foi o inimigo sionista [Israel], com sua agressão contra Jerusalém, permitindo que os colonos entrassem nos pátios da mesquita de Al-Aqsa, e a tentativa de confiscar casas em Sheikh Jarrah.”
Dessa vez, acrescentou, deve haver decisões e medidas específicas relacionadas a Jerusalém em primeira instância e à cessação das atividades de assentamento. “Este último aumentou desde o ‘negócio do século’, que deve ser desacreditado após a queda de Donald Trump.”
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A tensão nos territórios palestinos aumentou desde meados de abril como resultado de ataques brutais contra palestinos pela polícia israelense e colonos em Jerusalém, a Mesquita Al-Aqsa e seus arredores, e Sheikh Jarrah. Os israelenses querem desalojar doze famílias de suas casas no bairro de Jerusalém, que depois serão entregues a colonos judeus ilegais.
Quase duzentos palestinos foram mortos por Israel desde a última segunda-feira na Faixa de Gaza, incluindo 58 crianças e mais de trinta mulheres.