Trabalhadores no porto de Livorno, na Itália, recusaram-se a carregar uma remessa de armas com destino a Israel, segundo informações da agência Wafa.
“O porto de Livorno não será cúmplice do massacre do povo palestino”, declarou a União Sindical de Base, entidade local dos trabalhadores portuários.
A ong Weapon Watch, com sede em Gênova, que monitora cargas de armamentos nos portos europeus e mediterrâneos, alertou o sindicato sobre o destino do navio em questão.
A entidade trabalhista enfatizou que o navio continha “armas e explosivos para servir à chacina da população palestina, já atingida por um ataque severo nesta mesma noite, que causou centenas de baixas civis, incluindo muitas crianças”.
O sindicato observou que está organizando um ato em solidariedade ao povo palestino, para reivindicar o fim imediato dos ataques israelenses contra Gaza e da expropriação de casas palestinas em Jerusalém ocupada.
LEIA: Palestinos exilados no Brasil escrevem ao seu povo sobre resistência e os 73 anos de Nakba
Israel impôs uma forte campanha para despejar famílias palestinas do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, e substituí-las por colonos ilegais, o que deflagrou protestos na Palestina e em todo o mundo.
O movimento palestino Hamas respondeu às violações em Sheikh Jarrah e na Mesquita de Al-Aqsa — durante o mês do Ramadã — como foguetes em direção a Israel.
O estado da ocupação retaliou com uma ofensiva militar de larga escala contra a Faixa de Gaza, que resultou até então em 198 mortos, incluindo 58 crianças e 34 mulheres. Dez israelenses, incluindo duas crianças, também faleceram.