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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Anistia exorta Haia a investigar ataques de Israel contra áreas residenciais e imprensa

Protesto da Anistia Internacional [Richard Potts/Flickr]
Protesto da Anistia Internacional [Richard Potts/Flickr]

A Anistia Internacional reivindicou ontem (17) uma investigação internacional sobre o bombardeio israelense da Torre al-Jalaa, que abrigava escritórios da imprensa estrangeira e apartamentos residenciais, na Faixa de Gaza.

No sábado, aviões de guerra de Israel destruíram o edifício, que abrigava escritórios de diversos grupos de mídia, incluindo Al Jazeera e Associated Press.

Mísseis israelenses também mataram duas mães palestinas e oito crianças no campo de refugiados de al-Shati, no sul de Gaza.

“Ataques diretos contra civis são crimes de guerra”, reiterou a Anistia no Twitter, ao expressar profunda preocupação sobre o aumento exponencial no número de mortos em Gaza.

O grupo de direitos humanos sediado em Londres exortou o Tribunal Penal Internacional (TPI) a “investigar os ataques israelenses contra o campo de refugiados de al-Shati”.

‘Ataques diretos contra civis são crimes de guerra’, denuncia Anistia Internacional

“A ofensiva israelense contra a Torre al-Jalaa, que destruiu casas e escritórios da Al Jazeera e Associated Press, deve ser investigada como crime de guerra”, prosseguiu. “O ataque cumpre um padrão de punição coletiva imposta por Israel à população palestina”.

Ao menos 198 palestinos foram mortos, incluindo 58 crianças e 35 mulheres, por bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza, além de 1.235 feridos, desde a última semana, segundo autoridades de saúde locais.

Diversos edifícios também foram destruídos ou danificados por Israel.

Em contraponto, dez israelenses foram mortos.

A recente escalada de tensões teve início em Jerusalém Oriental ocupada durante o mês sagrado do Ramadã e propagou-se a Gaza, como resultado de violações israelenses contra fiéis no complexo da Mesquita de Al-Aqsa e residentes do bairro de Sheikh Jarrah.

Israel ocupou Jerusalém Oriental em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias. Em 1980, anexou toda a cidade, medida jamais reconhecida pela comunidade internacional.

LEIA: Anistia Internacional pede fim à repressão brutal contra manifestantes palestinos

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