Uma greve geral palestina em plena guerra foi iniciada nesta terça-feira em toda Jerusalém Oriental e Cisjordânia, alcançando também palestinos que vivem em Israel, convocada por partidos políticos, organizações civis e sindicatos, para que Israel pare os ataques à Faixa de Gaza e suspenda as ordens de despejo das família de Sheikh Jarrah.
Uma mensagem do Fatah, de Mahmoud Abaas, convocou “empresas, escolas, universidades e escritórios nos territórios ocupados”. Na mensagem, o partido de Mahmoud Abaas pede “sanções imediatas para o apartheid israelense, como as aplicadas contra o apartheid da África do Sul fora do escopo da Convenção de 1973 para a repressão e punição do crime de apartheid”.
A convocatória também pede boicote internacional com a suspensão de todo tipo de comercio, especialmente o de armas, e o corte de relações diplomáticas como o apartheid israelense.
A mídia local divulgou vários comunicados de greve de entidades civis e serviços públicos convocando suas bases ou apoiando a greve..Entre esse, há manifestações da Comissão Superior de Transportes Públicos, os sindicatos de advogados, professores, o movimento de prisioneiros palestinos e outras organizações.
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O Alto Comitê Árabe de Acompanhamento de Israel, que reúne árabes-israelenses de origem palestina (cerca de 20% da população de Israel), e bairros árabes de algumas localidades em Israel, aderiram ao chamado..
Em Ramallah, a repórter da Al-Jazeera Nida Ibrahim diz que “é a primeira vez em décadas que vemos os palestinianos de todas as fações políticas a participarem numa greve geral”.
Todas as manifestações convocam à unidade dentro da Palestina e à solidariedade internacional. Em resposta, foram iniciadas greves nos campos de refugiados do Líbano.
O diretor do Instituto Palestino de Diplomacia, Salem Barahmeh, fez apelo à união entre as forças palestinas: “É importante erguermo-nos unidos e ultrapassamos a fragmentação imposta por Israel aos palestinos” com o objetivo de expor aquele país “como o regime de apartheid que é”.
A resposta de Israel está sendo ainda mais agressiva, gerando confrontos em todas as áreas da Palestina ocupada.