Política editorial do DW sobre Israel e Palestina proibe referencias ao apartheid

Editora chefe do DW, Manuela Kasper Claridge, em 12 de dezembro de 2018 [ DW/R. Oberhammer]

A política editorial da emissora alemã Deutsche Welle (DW) sobre Israel e Palestina foi divulgada nas redes sociais e demonstra o sionismo da imprensa. Os jornalistas receberam instruções sobre como falar sobre Israel, impedindo referencias ao apartheid e colonialismo israelense.

O guia editorial feito pela editora chefe do DW, Manuela Kasper Claridge, foi divulgado pelo jornalista Ahmed Eldin no Twitter.

“Então os jornalistas da DW receberam instruções formais sobre como eles deveriam escrever sobre Israel”, publicou.

O documento afirma que “O passado da Alemanha na realização do Holocausto significa que ela tem uma responsabilidade especial para com Israel”. Eles dizem que nunca questionam o direito de Israel de existir como um Estado ou permitem que as pessoas o façam em suas coberturas.

A emissora afirma que podem haver “críticas à política israelense”, “entretanto, a crítica a Israel torna-se antissemitismo quando tenta manchar, desacreditar e deslegitimar o Estado de Israel ou o povo e a cultura judaica por si”.

“Nunca nos referimos a um ‘apartheid’ israelense ou a um ‘regime de apartheid’ em Israel. Também evitamos falar de ‘colonialismo’ ou ‘colonialistas’”, dizem.

Um exemplo de como essa política editorial é aplicada é o título de uma notícia do DW News: “Cidadãos árabes de Israel estão sendo arrastados para o conflito enquanto as forças de defesa israelenses bombardeiam a Faixa de Gaza”

“Que título horrível. Apaga completamente os palestinos”, criticou Eldin.

Os crimes de Apartheid contra palestinos cometidos por Israel já foram apontados em relatórios da organização internacional Humans Rights Watch e da ong israelense B’Tselem.

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