Pela primeira vez em 16 anos, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, coalizão armada ligada ao partido palestino Fatah, organizou uma marcha na cidade de Ramallah, Cisjordânia ocupada, na segunda-feira (17), para denunciar a agressão em curso de Israel contra Gaza.
Membros das brigadas caminharam pelas ruas de Ramallah e atiraram contra o ar. Seu trajeto foi interrompido com o fechamento do posto de controle militar de Qalandia, onde forças da ocupação israelense tentaram dispersar o protesto.
Membros do grupo militar observaram que, após longa ausência, seus batalhões foram enfim reativados.
Há alguns dias, as Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa convocaram seus combatentes a defender o povo palestino na Faixa de Gaza sitiada e nos territórios ocupados de Jerusalém e Cisjordânia, além de Israel — isto é, Palestina ocupada em 1948, durante a Nakba.
O grupo alertou que colonos extremistas devem interromper suas agressões.
O partido Fatah participou ontem (18) de uma greve geral em toda a Palestina histórica, para demonstrar solidariedade com Gaza, sob bombardeios desde a última semana, e repúdio às violações israelenses em Jerusalém e Cisjordânia ocupadas.
Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, os ataques aéreos de Israel deixaram até então 212 palestinos mortos, incluindo 61 crianças e 36 mulheres, além de mais de 1.400 feridos.
Na Cisjordânia, o exército israelense matou 23 palestinos e feriu centenas.
Doze israelenses também faleceram.
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