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Chanceler do Líbano pede demissão após ‘insulto’ a estados do Golfo

Ministro de Relações Exteriores do Líbano Charbel Wehbe em Beirute, 14 de agosto de 2020 [Anwar Amro/AFP/Getty Images]
Ministro de Relações Exteriores do Líbano Charbel Wehbe em Beirute, 14 de agosto de 2020 [Anwar Amro/AFP/Getty Images]

O Ministro de Relações Exteriores do Líbano Charbel Wehbe pediu demissão do cargo ao Presidente Michel Aoun, após realizar uma entrevista televisionada que deflagrou tensões diplomáticas com doadores e aliados do Golfo, reportou a Reuters.

O chanceler em exercício sugeriu na segunda-feira (17) que estados da região concederam apoio efetivo à ascensão da organização terrorista Estado Islâmico (Daesh), entre outros comentários considerados pejorativos.

Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Bahrein convocaram seus respectivos embaixadores libaneses e emitiram queixas formais contra os “insultos” de Wehbe.

Sua postura foi descrita como ameaça aos esforços para melhorar relações com regimes sunitas, relutantes em outorgar ajuda financeira ao Líbano — ainda em crise econômica —, sob receios da influência do grupo xiita Hezbollah, ligado a Teerã.

Após reunir-se com Aoun, Wehbe relatou ter submetido um pedido de renúncia “devido aos recentes acontecimentos e circunstâncias que sucederam a entrevista à televisão”.

Nesta terça-feira, o ministro desculpou-se publicamente, ao alegar que não pretendia ofender “países árabes irmãos”.

LEIA: Tensões na fronteira entre Líbano e Palestina

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