Ao longo desta terça-feira (18), colonos ilegais israelenses mantiveram seus ataques contra cidadãos palestinos e suas propriedades em diversas províncias da Cisjordânia ocupada.
Grupos extremistas, sob escolta armada de soldados da ocupação, profanaram o cemitério de Bab al-Rahma, agrediram duas pessoas, dispararam munição real contra residências, vandalizaram veículos e queimaram terras agrárias.
Dezenas de colonos invadiram o cemitério histórico de Bab al-Rahma, adjacente à Mesquita de al-Aqsa, em Jerusalém ocupada, além da praça al-Ghazali, perto do minarete de Bab al-Asbat, onde realizaram rituais talmúdicos em provocação a fiéis muçulmanos.
Pouco antes, tentaram invadir a área da mesquita pelo segundo dia consecutivo.
Na aldeia de Zubeidat, ao norte da cidade de Jericó, colonos ilegais agrediram dois cidadãos: o médico Suleiman Salman e Moamen Hussein Zubeidat, ambos deixados com hematomas.
As fontes observaram que os colonos estavam protegidos pela polícia israelense, que obstruiu a passagem de veículos para checar arbitrariamente documentos de posse e identidade.
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Na cidade de Hebron (al-Khalil), colonos ilegais abriram fogo e atacaram casas palestinas logo nas primeiras horas da manhã.
Fontes locais destacaram que um grande número de colonos armados, sob escolta de soldados da ocupação, disparou munição real contra residências comuns na Rua Al-Shalala. A família Sidr confirmou a agressão; porém, ninguém ficou ferido.
Na noite de segunda-feira (17), colonos investiram contra os arredores da aldeia de Einabus, ao sul de Nablus.
Ghassan Douglas, oficial responsável pela questão dos assentamentos no norte da Cisjordânia, relatou: “Um grupo de colonos do assentamento de Yitzhar atacou a aldeia pelo lado noroeste, queimou fazendas e disparou munição real, sob escolta da ocupação”.
Douglas confirmou que colonos do assentamento ilegal de Har Brakha conduziram ataques incendiários contra a porção leste da aldeia de Iraq Burin, também ao sul de Nablus, e destruíram dezenas de árvores locais.
Israel ocupou militarmente a Cisjordânia em 1967, durante a chamada Guerra dos Seis Dias. Todos os assentamentos são considerados ilegais segundo a lei internacional.