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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Nobel da Paz envia mensagem de defesa ao povo palestino durante manifestação na Argentina

Manifestação em Buenos Aires, Argentina, dia 17 de maio de 2021 [Prensa Latina]
Manifestação em Buenos Aires, Argentina, dia 17 de maio de 2021 [Prensa Latina]

Na Argentina, organizações sociais e políticas e civis se manifestaram em solidariedade com o povo palestino, nesta segunda-feira (17), em frente à embaixada de Israel. O argentino vencedor do Prêmio Nobel da Paz de 1980, Adolfo Perez Esquivel, enviou uma carta que foi lida durante a manifestação.  Ele fala sobre a limpeza étnica sofrida pelo povo palestino e afirma que o apartheid israelense, “não é apenas uma aberração neste século XXI, mas é a maior expressão do colonialismo racista e criminoso”.

O comunicado de  Adolfo Perez Esquivel foi publicado no site Aporrea, em espanhol e em inglês, com o título: Não ao exterminio do povo palestino.

“Dada a gravidade dos bombardeios e ataques do exército israelense na Faixa de Gaza, e a dimensão das diferenças óbvias entre o 4º maior poder em armas, como é Israel, contra a população sem exército de uma Palestina sob ocupação colonial, pedimos a intervenção imediata das organizações internacionais, para deter esta trágica escalada de morte e devastação”, diz Esquivel.

“Diante desta injustiça e do avanço da posição colonial racista, que recorre à limpeza étnica em violação a todas as normas internacionais, apelamos aos governos e povos do mundo para que parem este avanço colonial no século XXI, que não pode ser considerado um ‘confronto’, já que é a implementação de uma guerra terrorista, conduzida por uma potência que possui armas nucleares contra uma população desarmada e sitiada.”

O ativista defendeu o direito da Palestina de se defender dos ataques, mas ressaltou que a Palestina não tem exército e é evidente a “ diferença absoluta entre o Estado de Israel e o que resta da Palestina ”

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“Israel está repetindo seus constantes bombardeios contra a Gaza destruída, contra uma população que é impedida de obter alimentos, medicamentos, sem um exército e que só tem projéteis que seus milicianos fabricam em oficinas sem recursos ou que recorrem a pedras para se defender. Os bombardeios e mísseis israelenses constituem, neste caso, um crime contra a humanidade, uma ofensa do governo israelense às vítimas do Holocausto e ao povo israelense”.

“O invasor é igual ao invadido? O agressor racista é igual à vítima do racismo e do colonialismo?”, questiona Esquivel.

Várias outras personalidades e representantes de organizações sociais falaram na manifestação pacífica. O Comitê Argentino de Solidariedade com o Povo Palestino agora convoca para um novo ato no dia 20 de maio, quinta-feira, pelo fim do genocídio, colonialismo e apartheid na Palestina.

Chamado para a manifestação [Divulgação]

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