O Rei da Jordânia Abdullah II observou que as provocações reiteradas de Israel contra o povo palestino levaram à escalada em curso e a maiores tensões por toda a região, conforme nota divulgada pela Corte Real Hachemita.
Em telefonema com o Secretário-Geral das Nações Unidas António Guterres, Abdullah argumentou que não há alternativa política senão a solução de dois estados, para obter uma paz justa e abrangente, que garanta o estabelecimento de um estado palestino viável, soberano e independente, com Jerusalém Oriental como sua capital.
O monarca jordaniano também destacou seus constantes alertas das consequências das violações de Israel em Jerusalém, sobretudo contra a Mesquita de Al-Aqsa e no bairro de Sheikh Jarrah, onde residentes enfrentam ameaça de expulsão ilegal.
Abdullah reiterou que a Jordânia manterá esforços para proteger os lugares sagrados para o islamismo e cristianismo em Jerusalém, como guardião de tais patrimônios.
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Segundo a nota, o rei hachemita reivindicou que a comunidade internacional cumpra suas responsabilidades para dar fim às agressões de forças e colonos israrelense contra o povo palestino e seus lugares santos, além da ofensiva militar sobre Gaza.
Desde 10 de maio, Israel insiste em uma campanha aérea contra o território palestino sitiado. Segundo autoridades de saúde locais, 221 palestinos foram mortos, incluindo 63 crianças, 35 mulheres e 15 idosos, além de mais de 1.400 feridos. Doze israelenses faleceram.
A escalada ocorreu após violações israelenses contra a liberdade de culto em Al-Aqsa, durante o Ramadã, e tentativas da ocupação de despejar famílias do bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental ocupada, para substituí-las por colonos ilegais.