O embaixador mexicano junto às Nações Unidas, Juan Ramón de la Fuente, criticou o Conselho de Segurança da ONU e considerou “lamentável.” que essa instância das Nações Unidas ainda não tenha atuado pelo fim dos ataques na Faixa de Gaza.
Na última reunião, a terceira sem produzir qualquer resultado, o México instou o órgão a assumir seu papel de um dos principais garantes da paz e segurança internacionais e a se manifestar contra o conflito armado na Faixa de Gaza. Mas pela terceira vez, o governo dos Estados Unidos barrou qualquer posicionamento do conselho, preferindo dialogar diretamente com Netanyahu, defendendo, no entanto, o direito de defesa de Israel.
https://twitter.com/MexOnu/status/1393970259833597953
Ramón de la Fuente considerou desproporcionais as forças empregadas por Israel contra Gaza e cobrou: “É imprescindível que este Conselho levante uma voz unificada, tente pôr fim à violência dos últimos dias, peça a proteção urgente da população civil, o respeito irrestrito ao Direito Internacional Humanitário e o diálogo entre as partes, como único possível solução. ”
Para o embaixador, o aumento de vítimas civis, particularmente em Gaza, tornou a intervenção do conselho “absolutamente necessária ”.
LEIA: Os governos da América Latina diante do martírio do povo de Gaza
No dia 15 de maio, o governo de Lopez Obrador foi pressionado publicamente pelo embaixador do México, Ziv , a condenar o Hamas como terrorista, acusar o grupo palestino de dois crimes de guerra e apoiar o direito de defesa de Israel. Mas a pressão não sensibilizou o governo mexicano.
https://twitter.com/AmbZviTal/status/1393612752338489348
Pelas posições coerentes com a defesa dos direitos humanos, o embaixador mexicano na ONU, também ex-reitor da Universidade Nacional do Mèxico (UNAM), foi homenageado pelo Congreso da Cidade do México com a Medalla al Mérito Internacional, pelo trabalho na defesa dos migrantes e dos direitos humanos em geral, e por suas “posições perante a organização internacional em nome do México, a exemplo da reprovação ao Conselho de Segurança da ONU por não ter assumido seu papel no referido conflito como fiador da paz e segurança internacionais.”
LEIA: Frente parlamentar lança nota pública pelos palestinos e pede sanções contra Israel