Recebido pelos Comitês de Relações Internacionais do Senado na quarta-feira (19) e da Câmara dos Deputados do Uruguai, ontem (20), o embaixador dedicou seu discurso em cada uma a uma exposição sobre a visão israelense do Hamas, exibindo vídeos e acusando o movimento de ser uma organização terrorista financiada pelo Irã.
Ele afirmou que o as armas do Hamas são fornecidas pelo Irã, que “financia, treina e apoia militar e politicamente” o grupo, além da Jihad Islâmica.
“O Irã é o país responsável por apoiar – mais do que qualquer outro – todas as organizações terroristas no Oriente Médio: em Gaza, no Líbano, na Síria, no Iraque e no Iêmen. Mas, além disso, o Catar e a Turquia também têm um papel negativo ”, disse Magen, segundo a versão estenográfica acessada pelo jornal uruguaio El País. Ele afirmou que também foi o Irã que ensinou o Hamas a desenvolver seus próprios mísseis.
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Acusando o Hamas de disparar quatro mil mísseis “indiscriminadamente”. Ele afirmou que Israel “reage apenas contra alvos militares do Hamas e de outras organizações terroristas”. Disse mesmo que Israel “ataca com precisão e de forma cirúrgica” e que o conflito é com o Hamas, “não com a Palestina, nem com a Autoridade Palestina. (…) Israel reage apenas contra alvos terroristas ”, concluiu o embaixador.
Ele não se referiu ao fato de que as bombas de Israel miraram casas de famílias inteiras, prédios ocupados pelas mídias internacionais, além da infraestrutura vital de Gaza, como o sistema de abastecimento de eletricidade.
Ele acusou a Autoridade Palestina também, de “ liderança palestina totalmente corrupta ”, motivo pelo qual ele atribui o apoio da população ao Hamas ”.
Os parlamentares da Frente Ampla não se manifestaram durante a sessão com o embaixador israelense no Senado e o grupo de oposição apresentou uma moção solicitando um cessar-fogo na Faixa de Gaza.
Na próxima semana, de acordo com o El País uruguaio a Embaixadora da Palestina no Uruguai, Nadya Rasheed, será recebida pela Comissão de Assuntos Internacionais dos Deputados. Em seguida, os parlamentares trabalharão na possibilidade de redigir uma resolução comum sobre o assunto, que deverá ser votada nos primeiros dias de junho.
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