Neste sábado (22), Roberto Godoy publicou no Estadão que as bombas usadas por Israel para destruir o prédio que abrigava agências de notícias internacionais em Gaza são as mesmas que foram compradas pelo Comando da Aeronáutica para armar os novos caças da Força Aérea Brasileira (FAB).
As bombas inteligentes, que destruíram Gaza, são de alta precisão e podem ser lançadas de aviões a sessenta quilômetros de distância, com margem de erro de apenas três metros.
As bombas de maior peso (uma tonelada) são as S-2000, chamadas de Spice, e foram utilizadas na destruição do prédio que abrigava as agências internacionais no dia 15 e foram adquiridas pelo Brasil para os seus novos caças F-39 Gripen. Elas foram vendidas pela empresa israelense Rafael Defense System.
De acordo com o Aeroflap, os aviões brasileiros foram equipados pela FAB com bombas Spice 250 e Spice 1000 e pods Litening G4 e Reccelite, também de origem israelense, usados para identificação e guiagem de bombas e reconhecimento. Além de mísseis desenvolvidos pelo Brasil em conjunto com a África do Sul. Os pilotos usam capacete com display integrado desenvolvido pela Elbit Systems, também de Israel.
O G1 divulgou em 9 de agosto de 2015 que a Força Aérea Brasileira iria pagar $243.325 milhões (cerca de R$ 869 milhões, na época) por 70 mísseis e bombas israelenses de alta tecnologia e 14 unidades de sistemas táticos de captação de informações de reconhecimento para aeronaves, que seriam empregados nos novos caças Gripen.
Os caças foram adquiridos de uma empresa sueca e o primeiro voo solo no Brasil foi feito em novembro de 2020.
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