Tawakkol Karman, vencedora iemenita do Prêmio Nobel da Paz em 2011, anunciou nesta sexta-feira (21): “Os palestinos conquistaram uma vitória e um enorme avanço global … Trata-se de uma vitória substancial que fará a diferença”.
Prosseguiu: “Porém, há aqueles que estão desconfortáveis com essa vitória. Entre eles, o chamado eixo de resistência, liderado pelos Mullahs de Qom [Irã] e Hassan Nasrallah [líder do Hezbollah libanês], e o eixo oposto de normalização, liderado por Abu Dhabi”.
Após onze dias de bombardeio israelense contra Gaza, um cessar-fogo entrou em vigor à meia-noite de sexta-feira.
Desde 13 de abril, a situação nos territórios palestinos ocupados escalou gravemente, após ataques brutais de colonos e forças israelenses em Jerusalém ocupada, sobretudo na Mesquita de Al-Aqsa e no bairro de Sheikh Jarrah, onde doze famílias sofrem ameaça de expulsão.
Tensões na Faixa de Gaza alcançaram um novo ápice após Israel lançar uma operação militar de larga escala, em 10 de maio, que resultou em sucessivos massacres contra áreas civis e destruição generalizada de edifícios residenciais e infraestrutura.
A brutal agressão israelense contra a Cisjordânia ocupada e cidades árabes no território considerado Israel — isto é, ocupado durante a Nakba ou “catástrofe”, via limpeza étnica, em 1948 — deixou até então 274 mortos, incluindo 70 crianças, 40 mulheres e 17 idosos.
Mais de 8.900 pessoas ficaram feridas — dentre as quais, 90 em estado grave.
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