Autoridades de alta patente do governo e do exército israelense disseram lamentar a destruição da “Torre Al-Jalaa” na Faixa de Gaza durante a recente guerra – que abrigava os escritórios das instituições de mídia, incluindo a Al Jazeera Network e a American Associated Press – por causa da condenação internacional suscitada por ela, de acordo com um relatório publicado pelo jornal americano New York Times.
O jornal citou três oficiais israelenses dizendo que antes de decidirem destruir a torre, os oficiais do exército sabiam que a mesma abrigava os escritórios da rede Al Jazeera, da American Associated Press e de outras agências de mídia, e alguns deles temiam que fosse uma má idéia.
Israel alegou que a torre continha importantes equipamentos eletrônicos pertencentes ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas), o que foi negado pelo movimento e pelas autoridades de Gaza.
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Após a raiva e condenação internacional pelo bombardeio da torre e o aplainamento no solo, vários altos funcionários do governo e do exército israelense passaram a descrever o que aconteceu como um erro.
Um oficial israelense disse ao jornal que embora o ataque fosse justificado “como ele pensa” os céticos estavam certos, pois ficou claro que os danos causados a Israel como resultado da desaprovação internacional foram maiores do que qualquer benefício para a destruição do equipamento do Hamas, disse ele.
No sábado passado (15), os aviões de guerra de ocupação bombardearam a Torre Al-Jalaa, composta de sessenta apartamentos que incluíam escritórios de mídia, vários advogados, consultórios médicos e residências com várias famílias.
Por sua vez, o The Washington Post disse – citando uma fonte especial – que a destruição da torre representou um ponto de virada decisivo na posição americana em relação aos combates entre as facções de resistência palestina e o exército de ocupação.
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