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Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Toda a solidariedade ao Povo Palestino!

Um homem palestino agita a bandeira palestina no Complexo Al-Aqsa em Jerusalém em 13 de maio de 2021 [Agência Mostafa Alkharouf / Anadolu]
Um homem palestino agita a bandeira palestina no Complexo Al-Aqsa em Jerusalém em 13 de maio de 2021 [Agência Mostafa Alkharouf / Anadolu]

A indústria de massa imperialista estadunidense, européia e branca reproduz uma construção nos mais variados produtos – jornais, documentários, filmes, seriados… – em que a narrativa nos coloca – africanos, latinos e asiáticos – no papel do inimigo perigoso, selvagem a ser combatido pelo herói branco.

O continente africano, por exemplo, é apresentado como local de atraso, violência e pobreza; latinos e negros são predadores sexuais e líderes de gangues que habitam os bairros violentos das cidades norte-americanas ou estão trancafiados em prisões de segurança máxima. O povo islâmico é o responsável por todo o terror que assola o mundo, vide o seriado imperialista ‘’24 horas’’. Resta uma áurea angelical ao povo branco anglo-saxão e europeu, que mesmo ao promover o massacre na cidade de Tusla em 1921, Estado de Oklahoma, ou o holocausto belga no Congo, com a morte de mais de dez milhões de congoleses, só a título de exemplo, tem seus crimes contra a humanidade ‘‘justificáveis’’ – nesse sentido a coluna ‘‘Por que o branco é tão marginal?’’, do dia 23 de julho de 2020, discorre sobre predisposição da branquitude para o assassinato em massa do não branco.

É justificável os crimes de guerra contra o povo palestino? A narrativa da grande mídia satélite do imperialismo norte-americano sugere que sim.

A primeira vista, me apresenta um grande paradoxo, pois a nação judia que foi alvo do terror nazista entre 1939 a 1945, repete atos de guerra em semelhante forma contra o povo palestino, sob a omissão ou manifestação tímida de países europeus, exceto Hungria que explicitamente da amplo apoio os crimes de Israel.

Desde 1948, com a criação artificial do estado de Israel, o povo palestino é vitima de ataques e expulsões violentas de suas casas.

Recentemente, em plena celebração do Al Quds, o dia em que os palestinos mulçumanos jejuam, na ultima sexta-feira do mês sagrado do Ramadã, houve um ataque a celebração religiosa por parte do exército israelense na mesquita de Al Aqsa. Em outra ofensiva no bairro mulçumano Sheik Jarrah, as forças de Israel promoveram a expulsão dos palestinos de suas casas para ocupação de colonos judeus, em um ato violento na véspera do dia sagrado do Al Quds, resultando em dez mortes de palestinos e trezentos feridos.

O Hamas propagando como célula terrorista pela mídia imperialista, é uma legítima força de resistência palestina, que reagiu a esta violência de Israel, lançando mísseis, que nem se compara a estrutura bélica israelita. A resposta de Israel tem sido um criminoso ataque a população civil palestina, crianças, mulheres, redes de comunicação jornalística, como o bombardeio a rede Al Jazeera, o que contraria as regras de Direito Penal Internacional.

Além do genocídio racial posto em marcha desde 1948 contra os palestinos, há a espúria manipulação de Benjamin Netannyahu para se manter no poder, ao provocar um conflito, numa tentativa de unificar as vozes do parlamento israelita diante da atual instabilidade política. Assim, Netannyahu cumpre dois objetivos de uma vez: acenar a expansão sionista com o genocídio palestino e tentar continuar a frente do governo de Israel.

O problema não foi o holacausto do regime nazista, mas sim a cor das vítimas. Do contrário, Israel e seus cúmplices, e os holocaustos belgas, inglês… já teriam sofridos sanções pelos crimes contra a humanidade.

Toda a solidariedade ao Povo Palestino!

Publicado originalmente em ciranda.net

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As opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade do autor e não refletem necessariamente a política editorial do Middle East Monitor.

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