A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) divulgou no domingo (23) o relatório Panorama Social da América Latina referente ao ano de 2020, em que constada que a região registrou os maiores indicadores de extrema pobreza em 20 anos.
O documento analisa as tendências sociais que precederam a pandemia e procura dimensionar suas repercussões socioeconômicas em 2020, especialmente no que se refere à pobreza e à desigualdade, bem como ao trabalho remunerado e não remunerado. Além disso, examina as tendências do gasto público social nos países da região, as medidas de proteção social adotadas pelos governos da América Latina e do Caribe em resposta aos efeitos da pandemia e o mal-estar social que existia na região antes da crise.
De acordo com a Cepal, a pandemia evidenciou e exacerbou as grandes brechas estruturais da região e não há dúvida de que os custos da desigualdade se tornaram insustentáveis
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“Setores inteiros da economia viram sua atividade reduzida ou temporariamente reduzida a zero”, constata o documento.
Agravada pelo impacto da covid-19, a extrema pobreza na América Latina chegou a 78 milhões de pessoas, ou 12,5% da população, taxa que só foi superada em 1999.
O relatório da Cepal pode ser baixado aqui.