Portuguese / English

Middle East Near You

Soldados israelenses em Gaza ostentam má conduta

Biden clama por diálogo construtivo sobre direitos humanos no Egito

Presidente dos Estados Unidos Joe Biden, em Washington DC, 5 de fevereiro de 2021 [Chip Somodevilla/Getty Images]
Presidente dos Estados Unidos Joe Biden, em Washington DC, 5 de fevereiro de 2021 [Chip Somodevilla/Getty Images]

O Presidente dos Estados Unidos Joe Biden reiterou a importância de um diálogo construtivo sobre a questão dos direitos humanos no Egito, à medida que enalteceu o êxito do Cairo em coordenar com Washington o fim dos bombardeios israelenses a Gaza.

Após telefonar ao presidente egípcio Abdel Fattah el-Sisi, na segunda-feira (24), Biden observou que ambos “reafirmaram seu compromisso com uma parceria forte e produtiva”.

Durante a campanha presidencial, Biden criticou o Egito por cometer uma série de violações de direitos humanos. Sisi repudiou as acusações e alegou respeitar direitos e liberdades no país, ao passo que enfatizou suas relações estratégicas com Washington.

Cinco meses após sua posse, Biden agradeceu o Egito pelo esforço diplomático para alcançar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, após onze dias de tensão.

Segundo comunicado da Casa Branca, ambos debateram a “necessidade urgente de fornecer assistência humanitária à população carente de Gaza e ajudar na reconstrução, de maneira que beneficie a população local e não o Hamas”.

LEIA: Egito admite apenas 24 palestinos entre dois mil feridos de Gaza

A declaração observou ainda que “ambos discutiram seu compromisso em realizar eleições nacionais na Líbia, em dezembro, e remover todas as forças estrangeiras e irregulares do país, além do apoio aos esforços do Iraque para fortalecer sua independência e soberania”.

Sobre a Represa do Renascimento — projeto etíope na bacia do Nilo —, Biden “reconheceu a preocupação egípcia sobre o acesso à água e destacou interesse em alcançar uma solução diplomática que reúna as necessidades legítimas do Egito, Sudão e Etiópia”.

A Etiópia investiu US$5 bilhões na construção de uma barragem perto da fronteira com o Sudão, como parte de um enorme projeto de recuperação econômica.

O Egito depende quase inteiramente das águas do Nilo, ao receber aproximadamente 55.5 milhões de metros cúbicos por ano, para consumo, agricultura e eletricidade.

O Cairo quer que Addis Ababa assegure o envio de 40 bilhões de metros cúbicos ou mais de águas do Nilo ao território egípcio. O Ministro de Irrigação da Etiópia Seleshi Bekele afirmou que Sisi abandonou a demanda; porém, desmentido via nota oficial.

Há também a questão não resolvida de quão rapidamente serão preenchidos os reservatórios da barragem. O Egito teme prejuízos à geração de energia em sua Represa de Assuã.

A disputa sem fim entre Etiópia, Egito e Sudão sobre a Represa do Renascimento [Sabaaneh/Monitor do Oriente Médio]

Categorias
ÁfricaEgitoIsraelNotíciaOriente MédioPalestinaSudão
Show Comments
Palestina: quatro mil anos de história
Show Comments