Esta semana, a 2º Mostra de Cinema Árabe Feminino exibe três filmes palestinos, um deles sonda a tristeza e o luto causado pelos ataques israelenses à Gaza em 2014. A mostra começou no dia 19 de maio e irá até 27 de junho, com filmes e eventos diferentes a cada semana disponíveis apenas para o território brasileiro.
Selecionado para o Berlinale de 2017, “Quando coisas ocorrem”, dirigido por Oraib Toukan, estará disponível apenas das 10h de 28 de maio às 10h de 30 de maio. Segundo a sinopse, o curta de 28 minutos “entrelaça conversas do Skype com fotógrafos mediadores e motoristas situados em Gaza que estavam por trás das imagens que se espalharam, de tela em tela, durante a Guerra de 2014 no território. O filme sonda a face da tristeza e do luto – sua encarnação digital, transmissão e representação”.
Já está disponível, até as 21 horas do dia 1º de junho, o curta da cineasta Mahasen Nasser Eldin, “O Protesto Silencioso: 1929 Jerusalém”. Em vinte minutos, o filme conta o dia 26 de outubro de 1929, quando aproximadamente 300 mulheres palestinas de todo o país se reuniram em Jerusalém para inaugurar seu movimento feminino. E o “Carta para um Amigo”, de 40 minutos, dirigido por Emily Jaci, que conta nos mínimos detalhes uma rua em Belém, interligando imagens, texturas, movimentos, traços e sons de mais de um século.
Na sexta-feira, 28 de maio, às 14h, haverá a mesa redonda “Palestinidades: corpo e território”, com a presença da cineasta Mahasen Nasser Eldin, da professora e pesquisadora Dina Matar e da artista performática Riham Isaac.
Na descrição do evento, os organizadores afirmam que “esta mesa tem como objetivo provocar, a partir de uma perspectiva histórica, uma reflexão sobre os engendramentos criados pela experiência subjetiva do conflito no território palestino, tendo como foco o corpo feminino”.
“Mais do que buscar definir a identidade palestina, o intuito é colocar em questão as formas distintas de experimentar os “modos de ser palestina”, levando em conta a trágica experiência do conflito. Dessa forma, buscamos compor quadros que revelam palestinidades, formas de habitar e de se perceber como mulheres sujeitas de uma história que, muitas vezes, insiste em apagá-las e confiná-las, a partir de uma lógica de silenciamento, restrição e condensamento de suas experiências”, dizem.